Bruno Henrique, do Flamengo, disputa a bola com Gustavo Gómez, do Palmeiras, em jogo do Campeonato Brasileiro Imagem: Ettore Chiereguini/AGIF As vaias da torcida do Flamengo pela dificuldade ofensiva do time ganham força com os números atuais do time de Tite. A criação e a conclusão de jogadas, já tão elogiadas pelo treinador no começo do ano, viraram dificuldades explícitas no recorte mais recente de jogos. Aí, a pressão subiu.
Nas últimas quatro partidas, o Flamengo fez dois gols. Uma média de 0,5 gol/jogo. Há um problema de engrenagem no sistema que não se limita aos atacantes. Só um dos dois gols foi marcado por um atacante: Pedro balançou a rede contra o Amazonas. A outra bola no gol foi do lateral-esquerdo Viña. Se o Flamengo riscasse da lista os quatro últimos jogos, a média de gols por partida com o time titular em 2024 ficaria em 2,06 . Dessa conta saem dois jogos com a turma do sub-20 pelo Carioca.
Esse ataque que "pifou" coincide com a lesão de Everton Cebolinha e a rotação no time. Arrascaeta jogou parcialmente em um dos últimos quatro jogos e ainda se machucou no segundo tempo dele (o clássico diante do Botafogo). Pedro foi afetado pela queda de rendimento, apesar do gol solitário contra o Amazonas. Na questão física, ele ficou fora contra o Bolívar, na altitude, e entrou só no segundo tempo contra o Palmeiras, quando o time cresceu de produção, mas não marcou. Ainda assim, ele soma 15 gols em 2024. Ou seja, 40% dos gols que o time titular fez na temporada. Pedro consegue se desvencilhar individualmente das vaias, que são mais coletivas.
Só que a toricida já pegou no pé mais diretamente de Luiz Araújo pelas decisões erradas contra o Botafogo, por exemplo. O lateral Wesley foi vaiado também. Tite, alvo de xingamento no jogo passado, terá mais uma vez um time sem Cebolinha e Arrascaeta para enfrentar o Red Bull Bragantino, neste sábado, fora de casa.
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