A falta de uma posição da CBF para com as reivindicações do movimento Bom Senso F.C. farão com que as manifestações continuem e sejam cada vez mais impactantes daqui para frente. Quem garantiu isso foi Paulo André, zagueiro do Corinthians e um dos líderes do movimento dos jogadores profissionais.

Em entrevista coletiva na tarde desta quinta-feira, o jogador se mostrou insatisfeito com a falta de diálogo das entidades responsáveis pelo futebol brasileiro. Depois de usar faixas na entrada do gramado e cruzarem os braços após o apito inicial dos árbitros, os atletas agora prometem causar um choque maior na hora de se prepararem.

Zagueiro do Corinthians e um dos líderes do movimento de jogadores profissionais falou que falta de diálogo com a CBF fará com que novas manifestações aconteçam
- Já dissemos que aumentaríamos as protestos caso não tivéssemos respostas da CBF. Como não houve, as manifestações continuarão - avisou.

- Estamos discutindo os próximos passos, não definimos ainda. Mas todos ficarão sabendo como da outra vez, em cima da hora. É muito mais chocante e chama mais a atenção das entidades, da mídia, do torcedor... Vamos planejar algo mais impactante acerca dos assuntos abordados - completou o corintiano.

Questionado se esperava tal atitude dos jogadores da Seleção Brasileira, durante os amistosos contra Honduras e Chile, Paulo André respeitou a decisão dos companheiros de profissão e preferiu exaltar o que todos estão fazendo dentro do Brasil.

- Estou feliz com os atletas que participam. É algo historico, estou muito orgulhoso e temos um retorno super positivo. O ser humano sente o instinto de sobrevivência. Quando o calo aperta, todos vão se propor a defender algo. É democracia, respeitamos aqueles que no momento não podem, não fazem ou não querem - explicou.

Por fim, o zagueiro revelou os clubes que de forma oficial apoiam o movimento e deixou claro a importância que isso teria, caso todas as entidades abraçacem a causa de vez.

- É fundamental a participação dos clubes. A gente acredita que eles serão o fiel da balança. Quando enxergarem e melhorar o produto, vão crescer a renda. É o que a gente acredita. Nesse momento, o Santos e o Bahia se posicionaram e defenderam o movimento. Temos presidentes e diretores de outros, mas não é oficial. É um risco, medo de retaliações, situações obscuras no final de campeonato... - concluiu.