Foi comemorando o apoio em massa dos principais dirigentes do futebol brasileiro que Marco Polo del Nero, eleito nesta quarta-feira para suceder José Maria Marin na entidade, concedeu a primeira entrevista coletiva depois de ter, através do voto, a confirmação da sucessão no poder.

- Hoje foi um dia muito importante de dirigente, eleito com um apoio expressivo dos eleitores da CBF. Estamos recheados de alegria. Sabemos que é uma grande missão, da responsabilidade que virá logo em seguida – disse Del Nero, sorridente, ao lado de Marin.

Dos 47 votos possíveis, o novo presidente da CBF – a partir de 2015 – recebeu 44. Dois eleitores votaram em branco e o Figueirense se absteve. Motivo para preocupação?

- Vou me preocupar com dois? De forma alguma. Nem quero saber quem são – disse o dirigente, que passará a morar no Rio e garantiu melhorar o que é preciso na CBF, atender todos os filiados com igualdade, ouvir alternativas do Bom Senso e proporcionar mais participação dos clubes na gestão.
ESTILO DE DIREÇÃO

O desafio já começou quando formos eleitos para a vice-presidência com o Marin. Ele constantemente nos dá missões e nos leva a praticar atos, e vamos contribuindo com a administração. É evidente que, eleito e ao tomar posse em 2015, você começa a ter seu estilo. A administração segue na mesma. Mudança? Poucas. Mas da mesma forma que o Ricardo Teixeira tinha uma linha e o Marin tem a dele, eu terei a minha.

MELHORIAS NO FUTEBOL NACIONAL
Há de se dizer que houve uma evolução da CBF em favor dos clubes, nas Séries C e D, que não tinham benefícios de transporte, alimentação e hospedagem. Eles não queriam nem participar mais das competições. Isso foi um avanço muito grande. Dar condições de dar aos clubes. Só não pagamos os salários. O resto pagamos tudo. Isso resolve? Não. tem mais coisa a ser feita. Tem um trabalho que envolve os clubes e estamos discutindo uma outra formula.

MAIS ENVOLVIMENTO DOS CLUBES
Esse projeto é do Marin. Criamos a comissão de futebol, e entre os presidentes de clubes o que se sobressai é o Vilson, do Coritiba. Tem que aumentar o número de pessoas na comissão, porque estão ausentes. Vamos dar mais poderes aos clubes. Por isso, falamos muito em continuidade administrativa, ela existe e está trabalhando muito bem.
BOM SENSO

Vou dialogar com todos, inclusive com vocês da imprensa. Todos que tem ideias. vão passar para a CBF, vamos ouvir todos.
COMO TRATAR A OPOSIÇÃO
Não existe possibilidade, mesmo que o Novelletto (presidente da

Federação Gaúcha) queira fazer oposição, tratá-lo como opositor, mas sim como filiado, que tem todos os direitos. Ele pode ter um problema, achar que a administração não é boa, mas vamos tê-lo como filho. Um pouco rebelde, mas tem que ser tratado igual. Nem por isso vão deixar de ser todos iguais.