Pilar e Marcelinho posam com a cobiçada taça (Foto: Cléber Mendes)

O duelo que define a sexta edição do NBB às 10h10 deste sábado na HSBC Arena, no Rio de Janeiro, se assemelha ao lendário encontro entre Davi e o gigante Golias, neste caso representados por Paulistano e Flamengo, respectivamente.

O Rubro–Negro, que busca seu terceiro título na competição nacional para se igualar ao Brasília, está acostumado a decisões. Só nesta temporada, manteve a hegemonia no Campeonato Estadual e faturou de forma invicta a inédita taça Liga das Américas. Em setembro, disputará a Copa Intercontinental com o Maccabi Tel Aviv e, em outubro, fará duas partidas na pré-temporada da NBA, nos EUA.

Não bastasse isso, conta com um verdadeiro esquadrão e diversos jogadores com passagens pela Seleção Brasileira, como Marquinhos, Marcelinho Machado, Olivinha, Vitor Benite e Cristiano Felício. Isso sem contar o armador Nicolás Laprovíttola, figurinha constante na seleção argentina. A folha salarial anual só dos atletas é de R$ 4,3 milhões, a maior entre os 17 clubes da competição nacional.

Por outro lado, o Paulistano vive um momento mágico. Investindo apenas R$ 1,25 milhão para pagar seus jogadores, ostenta a sua melhor campanha nas seis edições do NBB. Um título hoje seria o mais importante da centenária história da agremiação que nunca conquistou uma taça estadual e tem como maior láurea o título de campeão da capital em 1944.

A disparidade de experiência entre os elencos é tamanha, que apenas o pivô Mineiro, de 26 anos, já teve a oportunidade de jogar a decisão do NBB. Fez isso em duas oportunidades com o Brasília. Em ambas as ocasiões, o adversário foi o Flamengo. Foi vice na primeira vez, e na segunda acabou demitido em meio ao playoff por uma briga com o dirigente da equipe Jorge Bastos.
Por todos estes fatores, o ala Marquinhos não hesita em assumir o favoritismo para o jogo de hoje.

– Com certeza somos os favoritos nesta decisão. É meio inevitável dizer. Mas, dentro da quadra são cinco contra cinco, e temos de provar que merecemos o título. O bom é que estamos acostumado a jogos assim – afirmou o jogador que no ano passado foi eleito o MVP do NBB e teve papel fundamental na conquista do Flamengo.

– Não sei se azarão é a palavra certa neste caso, mas se azarão tiver o mesmo significado de surpresa, então assumimos este papel – afirmou Gustavo de Conti, técnico do Paulistano, durante a entrevista coletiva de apresentação do jogo, ontem.

Os resultados dos embates nesta temporada aumentam a chance de o Flamengo sair coroado hoje Foram duas vitórias esmagadoras do Rubro-Negro na fase inicial. No primeiro turno, no Rio, fez 80 a 58. No segundo, em São Paulo, fez 98 a 67.