Jogadores do Flamengo aplaudem torcida após vitória contra o Bota (Foto: André Durão / Globoesporte.com)

Atualmente, o Flamengo possui 54.897 sócios-torcedores no programa "Nação Rubro-Negra". No entanto, esse número já chegou a atingir a casa dos 65 mil entre a conquista da Copa do Brasil 2013 e o início de 2014. A queda se explica pelo insucesso na Taça Libertadores da América deste ano, quando a eliminação veio ainda na fase de grupos, e o péssimo início no Campeonato Brasileiro, levando o Rubro-Negro ao último lugar na rodada após a Copa do Mundo. O presidente Eduardo Bandeira de Mello afirma que os torcedores possuem o direito de sair e de voltarem, mas explica que essa diminuição está resolvida.

- Em um ano e três meses de existência, o programa sócio-torcedor do Flamengo teve o maior crescimento do Brasil. Chegamos a atingir 65 mil sócios. Depois, com a saída da Libertadores da América e o início mal sucedido, por enquanto, do Campeonato Brasileiro, nós tivemos uma redução que já foi estancada. E nós já estamos ensaiando uma recuperação. Eu acho que os torcedores do Flamengo têm todo o direito de se desligar do programa quando acharem que deve, e voltarem. Mas eu deixo sempre o apelo para que os torcedores ajudem na hora que a gente mais precisa - declarou.

Um fato que surge como fiel da balança na hora do torcedor virar um sócio é o preço dos ingressos. Isso porque a essência é justamente oferecer vantagens para a compra dos bilhetes. Acontece que por conta do momento ruim no Brasileirão, o Flamengo lançou uma promoção para o clássico com o Botafogo no último domingo, reduzindo o valor cheio a R$ 40,00. A decisão foi tomada pela diretoria rubro-negra durante a Copa do Mundo. E Bandeira já anunciou que o preço mais em conta deve permanecer, e também que isso pode acarretar consequências desagradáveis nos números do "Nação Rubro-Negra". Porém, o dirigente pregou que confia na continuidade da adesão ao programa.



- Nós sabemos, inclusive, que a redução dos preços dos ingressos pode trazer algumas consequências talvez não desejadas para a área financeira do clube. Mas a gente entende que nesse momento é importante trazermos a torcida para perto de nós. E tenho certeza que tudo que a gente perder em termos de receita de bilheteria por conta dos ingressos mais baratos, teremos compensado porque a torcida não vai falhar e vai prestigiar o programa sócio-torcedor. E vai continuar prestigiando todas as iniciativas do Flamengo. Então, no final, tudo vai dar certo - disse.

O desejo do mandatário de receber ajuda da torcida, inclusive, já pode ser visto como uma realidade. Torcedores do Rubro-Negro, por iniciativa própria, lançaram o programa "Flamengo da Nação", que visa arrecadar dinheiro para investir no departamento de futebol, principalmente na contratação de reforços para o elenco. O site (www.flamengodanacao.com.br) já está no ar e pode receber doações a partir de R$ 5 para uma conta corrente disponibilizada pelo Fla. O total arrecadado já passa dos R$ 12 mil. O "Fla em Dia", outra iniciativa de igual natureza, visa arrecadar fundos para o pagamento da dívida previdenciária.

Bandeira de Mello ressaltou que o momento que o clube menos merece é justamente quando mais se precisa de ajuda, mas reforçou a importância da adesão ao sócio-torcedor, que serve para engordar a projeção de receita.

- Na hora que a gente menos merece é a hora que a gente mais precisa. Então, por isso eu gostaria que o torcedor do Flamengo prestigiasse o nosso programa sócio-torcedor, que realmente foi um achado, um sucesso, não só do Flamengo, mas principalmente da nossa torcida - afirmou.