OFF- Luiz Fernando Pezão: 'Anistia aos clubes não é uma boa solução'

30/9/2014 11:40

OFF- Luiz Fernando Pezão: 'Anistia aos clubes não é uma boa solução'

Candidato defende o diálogo para ajudar os grandes clubes do Rio e quer fazer parcerias

OFF- Luiz Fernando Pezão: Anistia aos clubes não é uma boa solução
Luis Fernando Pezão tenta continuar no poder do estado do Rio (Foto: Divulgação)

O LANCE!Net inicia nesta terça-feira uma série de entrevistas com os candidatos ao Governo do Estado. Os cinco mais bem colocados nas pesquisas de opinião respondem oito questões sobre esportes. Confira abaixo o bate-papo com o atual governador Luis Fernando Pezão (PMDB):

Qual o papel que o esporte terá em sua gestão, caso seja eleito?

O esporte tem um papel fundamental em qualquer sociedade, esporte é saúde e inserção social. Por isso, quero levar cada vez mais o esporte a um número maior de pessoas em todo o estado. Acredito que a realização da Olimpíada em 2016, no Rio, vai servir como um estímulo ainda maior para a ampliar a prática esportiva em todas as modalidades. Vejo no esporte um dos caminhos mais importantes e eficientes para a inserção de
jovens, especialmente em comunidades pacificadas e carentes.

Para isso, dentro da política de pacificação das UPPs, vamos ampliar a instalação de projetos de esporte e sociais. Essa é uma conquista da UPP. Sai a guerra do tráfico, entra a cidadania com os investimentos também nessa área. Hoje, 23 comunidades com UPPs têm núcleos do projeto Esporte RJ, o maior projeto de esportes da América Latina. Então, ao ampliar as UPPs para chegar ao total de 90, como no nosso plano de governo, vamos contar com o esporte como um dos eixos de socialização e de cidadania para os jovens nas comunidades pacificadas.

Quais são seus planos para o desenvolvimento do esporte no estado? Tanto nas categorias de base como nas de alto rendimento.

Pretendemos incentivar e incrementar projetos já existentes. O estado do Rio de Janeiro conta, desde outubro de 2013, com o Esporte RJ. Considerado um legado olímpico para 2016, tem 898 núcleos esportivos e de lazer (NEL) em todo o estado, divididos em dez regiões, para abrangência de 92 municípios. O programa tem o objetivo de melhorar a qualidade de vida da população fluminense e oferece atividades desportivas para crianças, jovens, idosos e portadores de necessidades especiais. Há ainda os centros de treinamento de equipes para competições de alto rendimento. Com o Esporte RJ, cerca de 300 mil pessoas serão atendidas. Os diferentes núcleos de cada região recebem cerca de 100 alunos cada, com aulas de futebol, judô, capoeira, ginástica, dança de salão, hidroginástica, futsal, voleibol, natação, voleibol de praia, tênis, handebol, futebol de campo e outros esportes. Então o caminho é ampliar ainda mais a abrangência desse projeto que tem sido tão bem sucedido. Outra ação será apostar em projetos em parcerias com atletas, como já temos feito. Com o jogador Léo Moura, do Flamengo, por exemplo, instalamos na Vila Kennedy uma escolinha de futebol pra 700 crianças. Apoiamos o Fábio Leão, atleta que nasceu no bairro e se tornou campeão pan-americano, e abrimos a escolinha de MMA. O Fábio é um exemplo de superação. Ele deu a volta por cima e, hoje, estamos ao lado dele levando várias artes marciais para 500 jovens. Também pretendo estimular as categorias de base das modalidades radicais e realizar mais eventos como os que já trouxemos para o Rio: o Mundial de Surf Prime, em Saquarema; o Mundial de Bodyboarding, em Copacabana, e a Megarampa de Skate, na Praça da Apoteose.

O Rio se prepara para realizar os Jogos Olímpicos e Paralímpicos em 2016. Qual a sua visão dessa preparação e até que ponto a realização dos Jogos será importante em sua administração?

Os Jogos Olímpicos e Paralímpicos vão fechar um ciclo de grandes eventos internacionais, de vital importância para o desenvolvimento e a imagem de todo o estado. O Rio de Janeiro passou a ser um dos palcos esportivos mais concorridos do planeta, o que mostra o esforço tanto da administração estadual como da municipal de executar grandes projetos. A cidade e o estado estão mostrando o potencial de toda a região, a nossa capacidade de receber bem e com qualidade os visitantes. Tenho certeza que o sucesso dos Jogos vai coroar a nossa administração.

Como pretende contribuir para que os Jogos Rio-2016 sejam um sucesso?

Vamos dar todo o suporte possível ao município do Rio para a realização dos Jogos Olímpicos. Além disso, dentro da matriz de responsabilidades, temos três missões importantes a cumprir. Cabe ao estado adequar o Estádio de Remo da Lagoa aos parâmetros olímpicos. O estádio está pronto desde 2007, quando foram realizados os Jogos Pan-Americanos. No entanto, há necessidade de alguns ajustes, como a construção de quatro deques flutuantes e a reforma da garagem dos barcos. Os projetos básicos estão em fase final de elaboração e a previsão é que a reforma seja concluída no início do segundo semestre de 2015. Outro item sob nossa responsabilidade é a remodelação do Estádio Júlio Delamare, no Complexo do Maracanã, para sediar as competições de polo aquático. As obras serão custeadas pelo Consórcio Maracanã – conforme previsto no contrato de concessão – e estão sob análise de licenciamento. Por último, a instalação de duas quadras de aquecimento para o Maracanãzinho: uma na Escola Municipal Friedenreich e outra no próprio ginásio.


Pezão falou sobre a concessão do Maracanã (Foto: Cleber Mendes/LANCE!Press)

Ao término dos Jogos, o senhor, caso eleito, terá dois anos ainda de governo. Como pretende aproveitar a realização das competições para evitar que as instalações se transformem em elefantes brancos e que o estado tenha realmente um legado esportivo por causa da Olimpíada?

Sob a tutela do Governo do Estado, hoje temos, por exemplo, o Parque Aquático Julio de Lamare, que será uma das instalações usadas nos Jogos Olímpicos, em 2016. Por isso, ao longo de 2015, o local passará por intervenções para que possa sediar as competições de polo aquático. Vale ressaltar que o Julio de Lamare tem um grande potencial não somente para a prática do desporto profissional, mas também para uso do público geral, com a prática de atividades esportivas em suas dependências.

Isso já vem ocorrendo. A sugestão é aproveitar a lei estadual, de Organizações Sociais (OS) de esporte e lazer e utilizá-las, por meio de um processo seletivo, para administrar o parque aquático, sob a supervisão direta do estado. A vantagem deste modelo de gestão é a possibilidade da OS captar recursos da iniciativa privada. Sendo assim, podem-se buscar empresas que tenham interesse em manter a instalação, mediante uma contrapartida a ser estabelecida. Com isso, não só o esporte de alto rendimento seria beneficiado, mas também o esporte de participação.

Em sua visão é possível o estado ajudar de alguma maneira os grandes clubes do Rio a se reerguerem tanto administrativamente quanto esportivamente? Qual a sua ideia ou sugestão sobre o assunto?

Sabemos que o futebol do Rio de Janeiro é um ativo importante e é preciso que o Governo esteja atento a estas questões. Inicialmente, seria preciso fazer um estudo juntamente aos clubes e à Federação para verificar quais são os gargalos. Os clubes cumprem um papel social fundamental no desenvolvimento do esporte, não só apenas no futebol, mas em outras modalidades. É necessário pensar em conjunto, buscar parceiros comuns. Sabemos que existem as questões tributárias e de gestão que tornam o problema um pouco mais complicado, mas o caminho seria adotar regras de governança aplicáveis àqueles que desejarem fazer parte de uma mudança. Não creio como uma boa solução, por exemplo, a questão da anistia, como muitos desejam. A solução é caminhar junto e pensar em um sistema de compensações, para que os clubes atendam às demandas sociais, principalmente no âmbito escolar.

Reformar o Maracanã e ser a sede da final da Copa do Mundo foi bom para o estado do Rio? Por quê?

O Maracanã é hoje um dos estádios mais modernos e seguros do mundo. Para desonerar o estado do alto custo de manutenção e liberar os recursos para investimentos em áreas como saúde, educação e segurança, além de oferecer mais conforto à população, sua administração é feita, atualmente, pela concessionária vencedora do processo licitatório realizado há pouco mais de um ano. O sucesso da Copa do Mundo e das partidas realizadas no novo Maracanã mostra que agimos corretamente. Hoje, o Rio possui um estádio pronto para qualquer partida de futebol – do Campeonato Carioca à final da Copa do Mundo.

O senhor pretende manter a concessão do Maracanã à iniciativa privada? Por quê?

A concessão foi feita através de processo licitatório e será cumprida. Para garantir o cumprimento do contrato firmado entre a Concessionária e o Poder Concedente, foi instituída uma Comissão de Fiscalização, conforme publicado no Diário Oficial do Rio de Janeiro no último dia 30 de julho. A Comissão é composta por representantes das Secretarias de Estado da Casa Civil, Obras, Esporte e Lazer, Planejamento e Gestão, e Fazenda. A comissão tem como objetivo observar e acompanhar o cumprimento do contrato.

771 visitas - Fonte: http://www.lancenet.com.br/fotos/Pezao-Foto-Divulgacao_LANIMA20140930_0007_50.jpg


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