Ausência em torneio contribuiu para saída de judoca do Fla, diz dirigente

30/10/2014 13:29

Ausência em torneio contribuiu para saída de judoca do Fla, diz dirigente

Além de não aprovar a utilização de preparador físico fora da comissão rubro-negra, clube afirma que Katherine Campos não quis lutar a Copa Rio; atleta nega a versão

Ausência em torneio contribuiu para saída de judoca do Fla, diz dirigente
Katherine Campos em treino pela seleção brasileira de judô (Foto: Thierry Gozzer)

Após deixar o Flamengo, clube que defendeu por cinco anos, Katherine Campos afirmou que o fim da união foi causada por um "conflito de opiniões''. A judoca de 26 anos, que defende também a seleção brasileira, afirmou que o clube vetou que ela seguisse trabalhando com um preparador físico particular, fora da comissão técnica rubro-negra. A gerente de esportes terrestres do Fla, a ex-ginasta Luisa Parente, no entanto, apontou uma soma de fatores para o saída da atleta.

Além do clube, de fato, não concordar com a utilização de um preparador físico de fora, a não participação de Katherine, em cima da hora, de uma competição importante, apenas comunicando o Flamengo, não foi vista com bons olhos. De acordo com a dirigente, a judoca alegou não estar em condições de disputar a Copa Rio Internacional de Judô e, na semana seguinte, viajou com a seleção brasileira para competir no Grand Prix de Zagreb, na Croácia.

- Foi o caso dela na Copa Rio. Ela não participou da Copa Rio. Se é uma decisão que tem participação da comissão técnica, tem toda uma conotação diferente. Porque a comissão tem suas estratégias e táticas para convocar ou dispensar o atleta. Mas, partindo do próprio atleta, no mínimo tem que ter é uma justificativa plausível. No entanto, não foi isso que aconteceu. A não participação dela na Copa Rio também deixou o clube em alerta em relação a continuidade dela na equipe.
Somou-se essa não participação dela na Copa Rio com realmente a posição dela em não abrir do preparador - disse Luisa Parente.

A Copa Rio foi disputada entre os dia 5 e 7 de setembro. Na semana seguinte, Kathetrine participou do GP de Zagreb e perdeu na primeira rodada. O Flamengo ressaltou que essa é uma das competições mais importantes no calendário do clube, e a atleta teria alegado que estava fora do peso perto do torneio.

- Ela estava se sentindo fora do peso dela naquela semana. Sendo certo que, na semana seguinte, viajou para participar de outro campeonato na seleção - lembrou a gerente, ressaltando que foi uma decisão ''unilateral''.

Procurada pelo GloboEsporte.com, Katherine Campos afirmou que em momento algum se negou a lutar a Copa Rio. A atleta reconheceu que estava fora do peso, por uma questão de saúde, mas disse que se colocou à disposição da comissão técnica para competir na categoria de cima - até 70kg.

- Eu estava doente, com febre, resfriada, e tive que fazer uns exames. Eu disse que lutaria na categoria de cima, já que não poderia perder peso por causa dos exames. Aí o clube disse que não iria liberar para eu lutar na categoria de cima, não sei por que, e que eu precisaria dar uma justificativa. Eu apresentei o atestado. Isso foi uma semana antes da competição. Em nenhum momento disse que não iria lutar a Copa Rio. E, normalmente, eu nem tenho problema de peso.

PREPARADOR FÍSICO PARTICULAR

Sobre a questão envolvendo a decisão de Katherine Campos de não abrir mão de seu preparador físico pessoal, a gerente de esportes terrestres também explicou o posicionamento do clube. Ao falar de todo o projeto de reestruturação dos esportes olímpicos da Gávea, que envolve acesso a recursos de incentivo ao esporte, Luisa Parente apontou o compromisso de manter uma estrutura física e profissional de alto nível. E que os atletas precisam usar tudo isso. Para o Rubro-Negro, isso faz parte do processo de profissionalização.

- O clube se esforça para manter uma estrutura física e técnica profissional. Esse é o compromisso maior. Manter essa estrutura de qualidade para que os atletas possam se desenvolver. Com isso, cumpre a sua missão de clube formador, que é o propósito. E os atletas não usufruem? Não é coerente. Faz parte da filosofia do clube que os atletas treinem no clube e com a comissão técnica oferece. Que, por sinal, é uma comissão técnica de muita qualidade - explicou a ex-ginasta.

A dirigente rubro-negra lembrou que o atual preparador do judô rubro-negro, Márcio Pimentel, trabalha inclusive com atletas da seleção brasileira. Ela também apontou reformas estruturais no clube nas áreas de esportes olímpicos.

- Felizmente, agora a gente conta com um projeto aprovado pela CBC (Confederação Brasileira de Clubes) e está incluso toda a área novíssima de dojo, por exemplo. Além disso, temos uma academia recém inaugurada que é uma academia exclusiva para os atletas do clube. É uma das mais modernas do Brasil, os especialistas já estão dizendo. Então, não soava coerente uma atleta ter essa estrutura à disposição e ter uma comissão técnica com preparador físico especializado e não usufruir. Então, dentro dessa filosofia e nada pessoal com a atleta, que não tem nada que a desabone pessoalmente, nunca desacatou ninguém, pelo contrário. É mais mantendo a coerência da filosofia do Clube de Regatas Flamengo. Como o judô e a ginástica fazem parte hoje de um projeto incentivado do clube, temos um patrocinador, a gente busca também ser bastante eficiente na execução desse projeto.

Sobre o fim do contrato de Katherine com o Flamengo, a gerente disse que tudo foi feito da forma mais cordial e respeitosa possível, não apontando desrespeito por parte da atleta. Além de afirmar que a judoca terá acesso a todos os direitos que lhe forem dados.

- Esses dois motivos são motivos diretos. Outro motivo indireto é a própria reestruturação. O programa do judô vai dar mais ênfase para atletas mais jovens, em formação. Essa sempre foi uma característica muito forte do clube, que tinha perdido. A gente quer voltar a formar craques em casa. Tem até a frase no ginásio do futsal, "craque o Flamengo forma em casa". É um trabalho demorado sim, pode ter lacunas em algumas modalidades. É visando longo prazo, uma vez estruturado e bem consolidado não tem mais volta - completou.

Apesar de não guardar mágoas do Flamengo, Katherine afirmou que durante o acerto de sua saída do clube, jamais foi abordada sobre sua ausência na disputa da Copa Rio.

- Eles não mencionaram em momento algum essa situação da Copa Rio quando eu estava saindo do clube. Ninguém me passou isso. Conversei com a Luisa. Pode ter sido uma justificativa que ela quis usar por conta do outro fator, do preparador físico - justificou a atleta.

Depois de cinco anos no Flamengo, a meio-médio Katherine Campos, número 33 do ranking mundial entre as meio-médios e terceira melhor brasileira da categoria, ainda não fechou com um novo clube. Resolvendo problemas particulares nos últimos dias, ela não quer se precipitar na escolha da nova casa - sempre pensando nas Olimpíadas de 2016, no Rio.

744 visitas - Fonte: Globoesporte


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