Cadão, o interminável, passa carreira a limpo e elege o maior rival: "Romário"

1/2/2015 08:24

Cadão, o interminável, passa carreira a limpo e elege o maior rival: "Romário"

Ícone do amor de um atleta pelo clube, vovô-garoto de 43 anos do Friburguense se prepara para seu 17º Carioca e afirma:

Cadão, o interminável, passa carreira a limpo e elege o maior rival: Romário
Aos 43 anos, Cadão defende o Friburguense desde 1996 (Foto: Felipe Basílio)

As torres do World Trade Center estavam lá, intactas. Mal sabia a seleção brasileira que, antes de ser pentacampeã, ainda sofreria uma dura derrota para a França em Copas do Mundo - muitos menos a banda Mamonas Assassinas que seu fim trágico estava próximo. Neymar tinha míseros quatro anos de idade. A moeda "Real" completava apenas dois anos de circulação... São apenas poucas das tantas constatações históricas provando que o mundo era completamente diferente quando Cadão se transferiu para o Friburguense, em 1996. Dezoito longos anos passaram-se desde então, e o zagueiro, hoje com 43, se prepara para disputar sua 17ª edição de Campeonato Carioca.

A façanha começa a ser desenhada neste domingo, quando o Friburguense estreia no estadual 2015 diante do Fluminense, em Volta Redonda. O jogador mais velho da competição - como de costume - terá a missão de parar o ataque formado por Fred e Lucas Gomes. Mas, segundo o zagueiro, nada que se compare à tarefa árdua que foi marcar um jogador em particular em sua carreira: Romário.

- Já enfrentei vários. Edmundo, Sávio, Roni, Magno Alves, Bebeto... Mas o Baixinho era o que mais incomodava. Você saia descansado do jogo, mas se desse um minuto de liberdade, ele ia lá e fazia dois, três gols. Com certeza foi o maior que enfrentei - lembra.

Por conta do arquivo deficitário do clube de Nova Friburgo, torna-se praticamente impossível mensurar quantas partidas Cadão já disputou pelo Friburguense. Sem sombra de dúvidas, é aquele que mais vezes o fez e, portanto, tornou-se um ídolo da pequena torcida e também um ícone do amor de um atleta pela equipe.

Com esse e diversos outros assuntos em pauta, o GloboEsporte.com conversou com o vovô-garoto Cadão, o interminável. A entrevista, na íntegra, você confere abaixo:

Cadão, o interminável, o vovô-garoto do Friburguense (Foto: Felipe Basílio)

O amor à camisa do Friburguense

São praticamente vinte anos de clube, algo que é difícil de acontecer no futebol de hoje. Os jogadores passam pouco tempo nos times e já vão embora. Graças a Deus, tenho essa identificação com o Friburguense e possoor me dedicar ao clube.

O que ajudou a construir durante esse tempo?

Eu encontrei muitos amigos no Friburguense. Recebo o carinho de todos, desde a presidência ao roupeiro. Tenho essa tranquilidade para trabalhar no dia a dia. E ao receber esse carinho de mãe, me faz sentir em casa. Sempre que saí, tive vontade de voltar.

A capacidade do clube de manter atletas por tanto tempo

Você tem que gostar de onde está, não tem jeito. Sergio Gomes, Bidu, Ziquinha, eu mesmo. Nós passamos muita tranquilidade para os meninos que chegam. A gente brinca no dia a dia, cobramos também. Sabemos dessa responsabilidade dentro de campo e, por isso, temos essa confiança de estar dentro do clube. Revelamos muitos meninos. Acho que usar a base é o melhor caminho, e criar a identificação de atletas que já atuem há um certo tempo.

O que mudou no clube nesses 18 anos

Cheguei em 96 e encontrei carinho, amor, conforto. Coisas que o Friburguense tem, além do salário em dia, que é muito importante. Muita coisa melhorou desde que cheguei. O gramado era ruim, o vestiário... Agora tudo teve uma evolução. Desde quando cheguei, principalmente, essa questão do salário é a mesma.

Nunca venceu o Flamengo

Nesses anos todos, vencemos todos os grandes, menos o Flamengo. Ficamos próximos por muitas vezes, mas não conseguimos. A partir de domingo, temos um novo campeonato, e uma nova chance vai aparecer. A confusão generalizada com o Flamengo de Romário, em 1999.

Fizemos grandes jogos contra eles. Em 99, foi o jogo da confusão. Meu companheiro de zaga, Max, teve um problema com o Clemer e formou aquela briga toda. Teve gente importante envolvida, o Romário, mesmo baixinho, era encrenqueiro demais. Mesmo sem eu estar na confusão, sendo tranquilo, me envolvi também, pela primeira e única vez na carreira. A gente brinca até hoje que sai no prejuízo, tomei chute que nem sei de onde veio, fiquei cercado de gente do Flamengo. Tomara que esse ano a gente vença e sem confusão.

1965 visitas - Fonte: Globo Esporte


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