Cirino corre no treino do Flamengo: jogador se destaca pela velocidade Foto: Alexandre Cassiano / 05.01.15
Quando Cirino dispara, alcançá-lo é uma missão ingrata. O atacante usa e abusa da velocidade para levar a melhor em campo — característica que lhe rendeu o apelido de Marcelo Bolt (referência ao velocista Usain Bolt) entre os torcedores do Atlético Paranaense. No Flamengo, não pensou duas vezes: tratou de usar seu dom para conquistar os rubro-negros.
— Desde pequeno, nas brincadeiras de colégio, eu sempre sobressaía nesse quesito. Mas nunca tinha colocado na cabeça que era rápido assim como falavam. Depois que comecei a pegar noção de futebol, entrei nas escolinhas e, no Atlético, comecei a trabalhar essa parte de velocidade e a parte física para suportar os 90 minutos — lembra o jogador.
O que Cirino mais tem feito é correr. Seja atrás de gols ou para se adaptar ao esquema em que atua mais à frente. No princípio, tropeçou — e levou puxões de orelha do treinador, que o acusou de não saber finalizar e cabecear. O camisa 7 baixou a cabeça e aceitou a bronca. Mas garante que já assumiu a dianteira nessa corrida particular:
— Sem dúvida, minha passagem rápida pela base se reflete hoje. Mas acho que estou melhor do que há algum tempo. Hoje finalizo melhor, me posiciono melhor e tenho um pensamento melhor.
Ao lado de Everton, ex-companheiro de Atlético-PR e atual parceiro de Flamengo Foto: Reprodução Internet
Os bons números no Estadual não o deixam mentir. Cirino é o principal garçom do time na competição (três assistências) e o seu segundo maior artilheiro, com quatro gols — todos marcados no Maracanã, estádio em que ele mostrou se sentir à vontade (foi lá que fez o primeiro gol como profissional):
— Foi em 15 de novembro de 2009, contra o Fluminense. Entrei no segundo tempo da partida e marquei.
Ao lado de Everton e Anderson Pico: primeiro título pelo clube foi no torneio amistoso de Manaus Foto: Reprodução Internet
O Botafogo que se cuide. Cirino quer avançar mais uma posição em sua corrida. E quando entrar em campo, hoje, o primeiro gol num clássico pelo Flamengo será sua meta de chegada:
— Gol em clássico marca qualquer um. Ainda mais se for o da vitória. Pelo Atlético, fiz no Flamengo, no Vasco e no Fluminense. Só no Botafogo ainda não fiz. Quem sabe chegou a hora, né?
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