GAZETA PRESS
Léo Moura virou referência no time rubro-negro desde 2005

De jogos oficiais, Léo Moura já se despediu. Resta apenas o adeus festivo, no amistoso contra o Nacional-URU, quarta-feira, no Maracanã. Mas caberá ao time do Flamengo também aprender a dar adeus ao camisa 2, que por dez anos ocupou a lateral direita e virou uma das referências do time. O Flamengo ainda busca Léo como oxigênio. Os números das duas últimas partidas mostram bem isso.

Tanto na vitória de 2 a 1 sobre o Brasil de Pelotas, na Copa do Brasil, quanto na derrota de 1 a 0 para o Botafogo, pelo Campeonato Carioca, Léo Moura foi o jogador que passou mais tempo com a bola no pé. De acordo com o Footstats, o lateral teve 1'51'' de posse de bola diante do Brasil. Contra o Botafogo, número muito parecido: 1'45''.

Em ambas as partidas, 36% do jogo rubro-negro passou pela faixa direita do campo. Se pelo meio era difícil achar espaços, bola no lateral-direito. Léo, no entanto, jogou pouco neste ano. Logo na primeira partida contra o Macaé, ele sentiu lesão e deixou o campo com apenas 31 minutos. Depois, ficou fora de três partidas consecutivas até voltar, no banco de reservas, contra o Boavista.

Foram 24 segundos com a bola no pé após os 21 minutos do segundo tempo, quando o camisa 2 entrou em campo. Diante do Madureira, Léo assistiu ao jogo inteiro dentro do campo. Aos 36 anos, o jogador não mostra o mesmo desempenho de outros anos, mas o Flamengo mostra que viciou o jogo no capitão. 518 jogos e dez anos depois, o time rubro-negro terá de mudar o seu estilo para provar que há vida pela direita sem Léo Moura.