GAZETA PRESS
Roberto, Fernando Prass e Dida em evento do Bom Senso no ano passado

Desde que foi implementado, em 2012, o sistema de Fair Play Financeiro Trabalhista da Federação Paulista de Futebol só recebeu uma denúncia por atrasos de salários até hoje. De acordo com as regras, são os jogadores quem têm de abrir um processo na justiça desportiva contra os seus próprios clubes, avisando sobre as dívidas. Os times podem perder pontos se forem punidos pelos débitos.

A crítica por parte dos atletas, no entanto, é de que o excesso de exposição acaba impedindo as reclamações sobre os atrasos.

Até agora, apenas o Paulista de Jundiaí foi denunciado, em 2013, por conta de uma dívida com nove jogadores do elenco. O sindicato, porém, defende o formato do fair play.

"A gente criou isso em 2012 para ajudar a situação dos atletas e fazer com que os clubes não ficassem em dívida. A gente fez desse jeito, do jogador denunciar, porque a lei não permite que haja um processo com denúncia anônima. A lei de forma geral não permite que uma denúncia anônima aconteça. Eu não posso fazer nada contra a lei", disse Reinaldo Martorelli.

"Mas se você pensar, tivemos até agora 100% de aproveitamento. A regra é muito eficiente. Tivemos apenas um caso, esse caso foi levado ao tribunal, e o clube pagou. Isso foi ótimo. Como a medida só vale para os atrasos durante o Paulista, às vezes não há mesmo dívidas nesse período. Uma outra coisa que estamos tentando é que o clube preste contas", completou.

A prestação de contas é uma medida também exigida pelo Bom Senso na nova lei de responsabilidade fiscal que está sendo discutida em Brasília.