Alecsandro: boa fase pelo Flamengo em 2015 Foto: Gilvan de Souza / Flamengo


Um jogador pode ser considerado reserva de um ataque em que é o principal goleador? No Flamengo de Vanderlei Luxemburgo, sim. Alecsandro assumiu a artilharia da equipe, com nove gols na temporada, e divide os holofotes com Marcelo Cirino.

- Tinha um treinador que falava que o jogador reserva era mais importante, só entra para resolver. Me sinto assim. Não posso falar que eu sou reserva – impõs-se o Alecsandro.

Ambos formam o ataque mais positivo do Estadual, com 26 gols, e têm juntos 62% desse total – 16, oito gols cada um. Reserva de luxo, Alecsandro já superou a média do companheiro em 2015 com os gols sobre Vasco e Bangu. Alecgol tem nove gols em apenas 12 jogos, enquanto Cirino tem oito gols em 14 partidas. Alecsandro deixou claro que sua importância nas partidas é grande mesmo sem o rótulo de titular.

- Fico feliz de entrar jogando, no decorrer da partida. O jogador é titular ou reserva nos treinamentos. Venho treinando bem, passando por bom momento, espero que isso me ajude.

A boa fase parece ainda não ter convencido o treinador a jogar com Alecsandro de centroavante e Cirino pelas laterais. Luxemburgo quer um ataque mais veloz e disse que só manterá a dupla enquanto Everton e Paulinho não estiverem em plenas condições. Já avisado pelo técnico, Alecsandro aposta nas variações táticas do time para seguir dando a boa dor de cabeça.

- O professor montou esse esquema no começo da temporada, em momento algum nos enganou, mas ele sempre disse que todo mundo teria chance. Ela é dada pelo treinador mas pode permanecer por causa do aproveitamento do atleta. Já mostrou que não é um esquema fixo, já jogamos com dois atacantes, dois meias. Estou preparado e quero estar bem para quando tiver oportunidade, independente de esquema, ser utilizado e dar conta – avisou o jogador.

O camisa nove do Flamengo, que costuma ser chamado por torcedores de “Alecone” nas redes sociais quando joga mal, vai provando que o apelido que lhe cabe bem é mesmo “Alecgol”.