Jogo a Jogo: alguém aí quer um título do Campeonato Brasileiro?

25/5/2015 07:36

Jogo a Jogo: alguém aí quer um título do Campeonato Brasileiro?

Favoritos ao título derrapam e tentam voltar aos eixos enquanto coadjuvantes surpreendem. Campeonato dá pinta de ser mais equilibrado do que no ano passado

Jogo a Jogo: alguém aí quer um título do Campeonato Brasileiro?
Um desavisado poderia cometer a injustiça de dizer que a tabela do Brasileirão está de cabeça para baixo. Dos seis primeiros colocados da competição, quatro eram habitualmente citados como potencial rebaixados, inclusive os dois líderes - Sport e Goiás. São equipes cientes de que a disputa é labiríntica, de que cada pequeno erro pode ser um caminho sem volta. Enquanto isso, os favoritos tentam se encontrar: ou perdem pontos bobos, ou ainda não entraram direito no campeonato, ou passam por momentos de indefinição.

O Atlético-MG, candidataço ao título, perdeu para o Atlético-PR; Cruzeiro e Inter, com reservas por causa da Libertadores, empataram seus jogos; o Corinthians, em momento de redesenho, também ficou na igualdade; o Santos, campeão paulista, caiu para a Chapecoense, e o Palmeiras, vice, foi batido em casa pelo Goiás. Dos pretensos favoritos, só o São Paulo venceu. Venceu bem, 3 a 0 no Joinville, mas também não é o time mais confiável do mundo. É cedo, claro, mas o campeonato dá pinta de que será mais disputado do que no ano passado, quando o Cruzeiro construiu sua campanha desde cedo - fez sete pontos nas primeiras três rodadas.



O jogo em 140 caracteres
O São Paulo foi o único clube do estado a vencer na rodada. Santos e Palmeiras perderam, e Corinthians e Ponte empataram.

Treze finalizações, duas chances reais de gol, nenhuma bola na rede: são os números do ataque do JEC na soma das três primeiras rodadas.

O São Paulo jamais levou gols do Joinville em Brasileiros: aos 3 a 0 deste sábado, somam-se um 0 a 0 e um 5 a 0 em 1986.

O maior adversário do SÃO PAULO parece ser ele mesmo. Se o Tricolor é especializado em vencer Brasileiros, se tem uma casa forte, se tem um elenco bastante acima da média do campeonato, o que ele mais precisa é se ajeitar, evitar a autossabotagem, ter paz - ainda mais em tempos de bronca da torcida, que protestou antes, durante e depois do jogo, e de dúvidas sobre o futuro do elenco, com Ceni em vias de se aposentar. Pegar um adversário mais fraco e passar por cima dele, como fez contra o Joinville, serve para otimizar o processo. Na semana em que a diretoria foi à Colômbia negociar com o técnico Juan Carlos Osorio, o time mostrou envolvimento ofensivo, segurança atrás e alternativas técnicas para retornar a seu habitar natural: o bloco superior da tabela. A entrada de Pato no segundo tempo, com um gol e uma assistência, coloca dúvidas sobre a preferência de Milton Cruz por Luis Fabiano para começar a partida. Pato é mais completo do que o Fabuloso. Consequentemente, se for bem escalado e estiver com vontade de ajudar, também será mais útil.


O JOINVILLE manteve os defeitos e perdeu as qualidades apresentados no começo do campeonato. O ataque já mostrava a inoperância que repetiu no Morumbi, mas desta vez a defesa se mostrou frágil - o que não vinha ocorrendo. A consequência é apenas um pontinho conquistado em nove disputados e, desde já, um alerta que pisca forte para os catarinenses: a luta contra o rebaixamento tende a ser árdua. É compreensível que o JEC, novato no campeonato, busque suporte em peças de experiência, casos de jogadores como Marcelo Costa, Marcelinho Paraíba, Kempes e Jael, mas também cabe ao clube se colocar no divã e pensar até que ponto eles são atletas efetivamente capazes de conduzir a equipe. Contra o São Paulo, fizeram muito pouco.



O jogo em 140 caracteres
Vasco chega a cinco empates seguidos na temporada: três por 0 a 0 e dois por 1 a 1.

Guiñazu, ídolo colorado, atuou pelo primeira vez contra o Inter desde que foi contratado pelo clube gaúcho, em 2007. Teve atuação regular.

Vasco terminou primeiro tempo com 51% de posse. Na etapa final, elevou o número a 60% - uma prova de sua pressão.

Três rodadas parecem pouca coisa, mas representam quase 10% do campeonato. E, nessa fatia da disputa, o VASCO não deu grandes sinais de ser capaz de brigar por algo maior do que a permanência na Série A. Para um time campeão carioca, é muito pouco. Os problemas se sucedem: estão na formação de um elenco limitado, na distribuição tática de uma equipe pouco inventiva e na debilidade técnica de boa parte da equipe titular. A defesa, apesar do gol sofrido, é o alento. Luan e Rodrigo formam uma das melhores duplas de zaga do campeonato. Só que o Vasco não precisa de alentos, não precisa de poréns: precisa é melhorar, se tornar menos careta e começar a fazer campanha. Se não for possível fazer isso com atletas como Marcinho (que novamente irritou a torcida), cabe ao treinador buscar soluções.

São justas todas as ressalvas aos defeitos mostrados pelo INTER em São Januário. Afinal, era o time reserva. Mas se os suplentes repetem falhas dos titulares, o problema é maior. No segundo tempo, satisfeitos com a vitória parcial de 1 a 0, os reservas tiveram o mesmo cacoete dos titulares em repetidas situações ao longo do ano, em especial na derrota para o Santa Fe: aninharam-se no campo de defesa e permitiram a pressão do adversário. Ah, mas é que o Alan Ruschel foi expulso. Sim, verdade, mas a timidez começou antes, já na volta do intervalo. De qualquer forma, em tempos de quebrar galhos no Brasileiro, os colorados conseguiram mais um bom resultado. E isso nem foi a melhor notícia: animador mesmo foi ver que Nilmar está pronto para voltar a ser titular e perceber que Anderson melhorou na comparação com os jogos anteriores dele.



O jogo em 140 caracteres
A vitória evitou que o Grêmio chegasse a dez jogos sem triunfos contra times da Série A, contando os Brasileiros de 2014 e 2015 e o Gauchão.

O Figueirense foi inoperante no ataque. Teve seis finalizações e nenhuma chance real de vazar o gol de Marcelo Grohe.

Braian Rodríguez vibrou muito com o gol deste sábado, seu segundo pelo Grêmio. Ele tinha jejum de dez jogos sem marcar.

Enquanto a diretoria do GRÊMIO bate cabeça e dá sinais de não ter a mais vaga ideia de quem será o substituto de Felipão (não houve acerto com Cristóvão Borges, e Doriva rejeitou a proposta), cabe a um técnico interino e a um elenco mediano salvar o clube do caos. Vitórias que parecem simples, como a da noite deste sábado, podem se agigantar, dependendo da situação. O Tricolor mostrou vontade de vencer (dominou o tempo todo), chegou ao gol graças a uma aposta do tapa-buraco James Freitas, que mandou Braian Rodríguez a campo no segundo tempo, e somou três pontos fundamentais em tempos de tanta incerteza, de tanto temor. Falta qualidade ao Grêmio, é evidente que falta, mas há times piores no campeonato. Se não for desgovernado por aqueles que deveriam comandar, o clube pode driblar os sobressaltos do momento, esconder seus esqueletos no armário e fazer uma campanha respeitável no Brasileiro.

Na dúvida entre casar ou comprar uma bicicleta (roubando o ditado popular), o FIGUEIRENSE se tornou um pedestre solteiro. Mergulhado no mata-mata da Copa do Brasil e ciente da necessidade de pontuar no Brasileiro, o clube catarinense experimentou o cobertor curto que costuma atingir elencos limitados: ficou em apuros nas duas competições. Quando poupou titulares para a Copa do Brasil, o Figueira até conseguiu classificação sobre o Avaí, mas levou 4 a 1 (do Sport) no Brasileiro; quando resolveu arriscar e mandou o time principal a campo, perdeu mesmo assim: 1 a 0 para o Grêmio nesta noite de sábado. Acontece que o Furacão de Floripa não tem a mesma banca de clubes como Inter, Cruzeiro ou São Paulo para lidar bem com dois torneios concomitantes - ao perder titulares como França, Thiago Heleno e Rafael Bastos, sentiu o baque. Se cair na Copa do Brasil, o Figueirense poderá se recuperar no Brasileiro. Tem bom técnico e time ajeitado, embora pobre.



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Foi, com sobras, o jogo de maior público neste novo horário, das 11h de domingo: 37.337 torcedores, com renda de R$ 2.410.600,00.

O Palmeiras ainda não teve o prazer de vencer um jogo de Brasileiro na Arena. São duas derrotas e dois empates em quatro partidas.

O goleiro Renan ganhou nota 8, a maior do jogo, no Troféu Armando Nogueira. Nas rodadas anteriores, levou 6,5 e 7,5.

Escudo Palmeiras (Foto: Globoesporte.com)
É difícil não gostar de Oswaldo de Oliveira. O sujeito é inteligente, tem bons trabalhos, passa uma imagem minimamente moderna de futebol (precisamos nos modernizar), é agradável de se ouvir. Ele faz bem ao futebol. Mas está na hora de seu trabalho ser questionado no PALMEIRAS. Criar um time do zero demanda tempo, cobra paciência, mas já estamos flertando com a metade do ano, e o rendimento está aquém do investimento feito. Pior: está aquém da força que a torcida vem dando, se associando aos milhares e lotando o estádio. Ela merece mais do que dois pontos em três jogos - conquistados em empates contra os reservas do Atlético-MG em casa e contra o Joinville, que não marcou um gol sequer em três rodadas. É hora de Oswaldo buscar soluções para esse time. Se não for possível, é porque a montagem do elenco foi melhor em quantidade do que em qualidade. É algo a ser pensado quando se tem um zagueiro titular, Victor Ramos, que consegue fazer um gol contra e ser expulso no mesmo jogo - a ansiedade, aliás, foi uma marca da equipe.

Em análise feita pelo GloboEsporte.com antes de o Brasileirão começar, o GOIÁS foi apontado como um dos candidatos mais fortes. Ao rebaixamento. E lá está o time esmeraldino no topo da tabela... OK, OK, OK, três rodadas não são a maior amostra do mundo, zilhões de vaivéns envolverão a competição nos próximos meses, mas a campanha inicial da equipe goiana tem alguns elementos que contestam a ocasionalidade. Dos três jogos, dois foram fora de casa, e contra equipes tradicionalíssimas: Vasco e Palmeiras. A defesa é inviolável: segue sem ser vazada na disputa. Renan, o goleiro do Goiás, já se configura como um dos principais destaques da largada de campeonato. E o técnico é Hélio dos Anjos, que pode não ser o maior estrategista do mundo, mas sabe como se comanda o Verdão. Mantendo-se esse equilíbrio, e se contar com uma produção melhor de Erik, destaque do Brasileirão do ano passado, o Goiás pode ter uma caminhada mais tranquila do que se imaginava no campeonato.



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O Fluminense soube controlar o Corinthians. Tanto que o Timão, mesmo com 57% de posse, só teve seis finalizações.

Fred e Guerrero, com 12 gols cada no ano, não conseguiram fazer. O tricolor parou em Cássio, destaque no jogo, e o peruano perdeu gol feito.

O Corinthians divide com o Goiás o posto de únicas defesas zeradas do Campeonato Brasileiro.

A primeira escalação de Enderson Moreira no FLUMINENSE teve uma mudança considerável na comparação com a formação de seu antecessor, Ricardo Drubscky. A modificação, não por acaso, foi justamente no ponto em que o técnico demitido foi mais criticado: o exagero defensivo da arquitetura de meio-campo. Sem Pierre, e com Wagner entre os titulares, o Flu se tornou mais ousado - jogou de forma mais compatível com sua tradição e, curiosamente, teve solidez defensiva. O time não foi nenhuma maravilha, não fez nenhum tricolor sair do Maracanã prevendo título. Mas melhorou. Poderia ter vencido o Corinthians, que, na prática, é mais time do que o Fluminense (apesar de seu momento de desencontro). Parou em Cássio, muito bem no jogo, e deu sorte quando Guerrero perdeu gol feito. A campanha é ruim, mas é preciso lembrar que as duas últimas rodadas foram contra teóricos candidatos ao título - posto do qual o próprio Flu, pelo menos por enquanto, está distante.


Guerrero, saindo do CORINTHIANS, perdeu gol feito. Como poderia ter feito. Como poderia ter perdido se tivesse renovado contrato. Como poderia ter feito se tivesse renovado contrato. Não é isso que explica o desperdício da melhor chance alvinegra no jogo. Mas, mesmo assim, a jogada é simbólica de como o Corinthians precisa virar a página, definir quem estará no barco e quem estará fora, e aí entrar de vez no campeonato. Lutos, num clube desse tamanho, costumam durar mais do que o normal - só que não podem durar para sempre. Acabou o Paulistão, acabou a Libertadores, e o Timão tem bola, técnico e torcida para brigar pelo título. Está fora de foco, debatendo questões alheias ao campo - e, mesmo assim, tem bom aproveitamento na largada do campeonato. No próximo domingo, tem clássico contra o Palmeiras, e semanas de clássicos exigem ainda mais concentração. É um jogo que pode indicar o caminho do time no campeonato.



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O segundo gol do Avaí foi irregular. Quando Anderson Lopes cruzou, a bola estava totalmente fora do campo.

A posse de bola do jogo foi dividida: 50% para cada lado.

Armero teve estreia ruim pelo Flamengo. Não teve a presença ofensiva que se espera dele. E errou sete passes, pior índice do jogo.

O AVAÍ enfrentou Santos, Inter e Flamengo nas três primeiras rodadas. E somou quatro pontos. Para um clube que passou pelo constrangimento de lutar contra o rebaixamento no Campeonato Catarinense, não é pouca coisa. A vitória sobre os cariocas, apesar do gol irregular, foi particularmente animadora. O Leão soube aproveitar as deficiências do oponente e conseguiu minimizar suas próprias limitações. É mérito do treinador. Gilson Kleina melhorou o sistema defensivo, incrementou as laterais com as entradas de Nino Paraíba e Romário e agora tenta fazer o ataque render mais. Os dois gols marcados por Hugo são boa notícia. É longo o caminho da luta contra o rebaixamento, mas talvez o Avaí esteja encontrando um atalho - uma forma de encurtá-lo.

O FLAMENGO prova, rodada após rodada, que não tem time para brigar pelas primeiras colocações. Está na zona de rebaixamento, e é improvável que siga ali por muito tempo, mas para ganhar fôlego e ser alavancado aos primeiros postos, precisa de reforços. A diretoria tenta atletas como Elias, Robinho e Guerrero. Todos eles são do tipo que chega, veste a camisa e sai jogando. Ao cogitar atletas desse porte, a diretoria mostra ambição, e só com isso o Rubro-Negro poderá crescer. Caso não feche com esses nomes, a missão será encontrar alternativas desse porte. O time atual é burocrático, fácil de ser marcado, e isso passa justamente pela simplicidade do elenco - embora também seja função do treinador buscar variações. Fazer um time jogar com Robinho auxiliando o centroavante é diferente de fazer o mesmo com Everton nessa função.



O jogo em 140 caracteres
Weverton, com cinco defesas, foi um dos responsáveis por parar o ataque adversário, comandado por Lucas Pratto, de três finalizações.

Dátolo segue oscilando. Jogou mal contra o Atlético-PR e teve a pior avaliação do Galo no Troféu Armando Nogueira: nota 5.

O jogo teve alto índice de bola rolando. Foram 69min54s, ou 72%, o melhor número de toda a rodada.

O bom começo do ATLÉTICO-PR no Brasileiro tem relação direta com aquela que tende a ser uma das principais armas da equipe na competição: o fator local. Em casa, o Furacão venceu dois teóricos concorrentes ao título brasileiro: Inter (com reservas, é bem verdade) e Atlético-MG. Depois de tantas mudanças e indefinições ao longo do primeiro semestre, o time rubro-negro parece ter se encontrado com o técnico Milton Mendes. Acima de tudo, o treinador dá sinais de ter noção da real força de seu elenco, e não se constrange em ter postura mais defensiva - justamente por essa consciência. Quando um time precisa provar que o rebaixamento não será uma ameaça, ficar fechadinho lá atrás e tentar ser oportunista na frente não é vergonha alguma - especialmente contra um adversário do peso do Galo. Pena a expulsão, por reclamação, de Walter, que se mostra importante para a engrenagem ofensiva do Atlético-PR.

Come mosca neste início de Brasileirão o ATLÉTICO-MG. O gol sofrido no último minuto contra o Palmeiras, em boa atuação dos reservas, e agora a derrota dos titulares para o Atlético-PR podem doer lá na frente, partindo-se do raciocínio de que o Galo é um candidato natural ao título. Levir Culpi tem pontos a melhorar em sua equipe, e isso é boa notícia. O rendimento fora de casa pode melhorar. E o mesmo vale para a capacidade de transformar domínio em vitória. Contra o Furacão, o Galo foi melhor, teve mais a bola (57%), somou mais finalizações (15 a 11) e abusou das jogadas aéreas (foram 45 bolas levantadas, contra 12). É um momento que os mineiros poderiam aproveitar melhor, dada a situação de seus concorrentes mais prováveis ao título: Inter e Cruzeiro ainda usando reservas, Corinthians com indefinições no elenco, São Paulo tentando se acertar enquanto busca um treinador. A rodada passada, claro, criou o exemplo a ser seguido: a atuação avassaladora na goleada de 4 a 1 sobre o Fluminense.



O jogo em 140 caracteres
Foi a primeira vitória da história da Chape sobre o Santos. As equipes só haviam duelado ano passado, com um empate e uma vitória do Peixe.

Santos nervoso: Ricardo Oliveira amarelado e Marcelo Fernandes expulso por reclamação, e Robinho advertido por discutir com zagueiro Vilson.

Lucas Lima levantou sete bolas na área da Chapecoense, mais do que todo o resto do time somado.

A CHAPECOENSE precisará do fator local para se sustentar na Série A e, quem sabe, fazer boa campanha. E vem conseguindo. No segundo jogo como mandante, o time do interior catarinense venceu de novo: 1 a 0 sobre o Santos, depois de aplicar 2 a 1 no Coritiba na estreia. O sistema defensivo se consolida como um ponto forte da equipe, e em mais de um sentido. Contra o Peixe, além de anular o forte ataque adversário, o setor foi responsável pelo gol, em jogada que começa com o goleiro Danilo e termina com um chutaço do lateral-direito Apodi. O time ainda pode render mais ofensivamente. Nas duas vitórias que tem no campeonato, teve menos finalizações do que o adversário, mesmo jogando em casa.

Duas idas a Santa Catarina, nenhuma vitória. O SANTOS perde, neste começo de Brasileirão, pontos que um time que pretende ser campeão não pode se permitir perder. A derrota para a Chapecoense foi um gol duro para uma equipe que pretendia fechar a rodada na liderança do campeonato - e tinha condições para isso. E serviu para escancarar que a conquista do Campeonato Paulista não basta para assegurar sucesso no Nacional. Jogadores importantes do Peixe, em especial o atacante Ricardo Oliveira, ainda não entraram de verdade no campeonato - ele foi mal em Chapecó. Se o goleador não rende bem, Robinho se torna ainda mais importante, mas não é certo que ele seguirá no clube. A soma de tudo isso permite ao torcedor ter dúvidas sobre a real capacidade da equipe no Brasileirão.



O jogo em 140 caracteres
Gabriel Xavier não errou passes na partida. Acertou os 13 que tentou.

Guto Ferreira, expulso no intervalo, não comandou a Ponte no segundo tempo. Ele entrou em campo para falar com a arbitragem e foi punido.

O Cruzeiro tem apenas um gol no campeonato, número superior apenas ao do Joinville, único ainda zerado.

O CRUZEIRO começa a complicar a luta pelo tricampeonato nacional. Isso passa pela prioridade dada à Libertadores (tem um pé nas semifinais), uma decisão que expõe as mudanças que o elenco teve do ano passado para 2015 - os reservas da Raposa não são mais tão capazes de segurar o rojão no Brasileiro. É até injusto exigir de Bruno Edgar, Eurico, Charles, Gabriel Xavier, Joel e Henrique Dourado que mantenham o rendimento de Willians, Henrique, De Arrascaeta, Marquinhos, Willian e Leandro Damião. E aí cabe ao clube decidir o que fazer da vida: até que ponto abandonar uma competição por causa de outra. Há uma mostra: quanto mais perto fica da reta final da Libertadores, mais o Cruzeiro retira os titulares do Brasileiro. Nas primeiras rodadas, a equipe foi mista, e neste domingo acabou formada totalmente por reservas. É um risco que merece ser corrido. Se tudo der certo, na quarta-feira a Raposa estará a quatro jogos do tricampeonato continental.

É uma ótima surpresa deste início de Brasileirão a PONTE PRETA. Ou nem tão surpresa assim, se for resgatada a atuação contra o Corinthians e a injusta eliminação nas quartas de final do Campeonato Paulista. De qualquer forma, o time de Campinas mostra pontos interessantes: boas peças individuais, organização coletiva e, em especial, capacidade de reação. No empate com o Cruzeiro, a Macaca repetiu o que fizera duas vezes no 3 a 3 com o Grêmio na estreia na competição: sair atrás e buscar a igualdade. Guto Ferreira faz trabalho sólido e mantém sua equipe invicta, mesmo jogando duas vezes como visitante. Destaque para algumas individualidades: Renato Cajá nos primeiros jogos e Marcelo Lomba neste domingo - responsável por abafar a pressão final do Cruzeiro, com quatro defesas difíceis no total.



O jogo em 140 caracteres
O Sport fecha a rodada com a ponta e o melhor ataque do Brasileiro. São sete gols marcados nas três primeiras rodadas.

O Coritiba jamais venceu o Sport na Ilha pelo Brasileiro. São 12 jogos, com oito vitórias do Leão e quatro empates.

Durval foi o jogador que mais distribuiu passes na partida: 45, dos quais 43 foram certos.

Os três times que o SPORT enfrentou nas rodadas iniciais do Brasileirão estão do 14º lugar para baixo na tabela - um dos culpados por estarem lá, consequentemente, é o próprio Sport. Mas aí está, escondida sob a empolgação da liderança pernambucana, um ponto determinante: ao enfrentar times que mostram fragilidade, o Leão não perdoa - vai lá e soma pontos. É assim que se faz campanha. E ainda há acréscimos a isso, como a capacidade de vencer equipes superiores - caso do 2 a 1 sobre o Santos na Copa do Brasil. E também a força para superar ausências marcantes, como Diego Souza e Élber, que ficaram no banco na vitória sobre o Coritiba - preservados, acometidos por uma virose. Depois de um começo de ano terrível, o Sport tem mais é que celebrar a liderança. Ser inesperada é mais um motivo para ela ser valorizada.

O começo de Campeonato Brasileiro do CORITIBA é compatível com o time que ele tem: instável e limitado. A tabela, embora precoce, mostra a oscilação que tende a ser uma marca do clube ao longo da competição: perde, aí vence, aí perde. Se fosse mais forte, o Alviverde poderia ter perturbado o Sport na Ilha do Retiro, especialmente por o adversário estar fragilizado com as ausências de duas de suas peças mais importantes - Diego Souza e Élber, que começaram no banco. Marquinhos Santos tem dificuldades para fazer o time render. Estava previsto que seria assim. As finais do Paranaense, com derrotas fora (2 a 0) e em casa (3 a 0) para o Operário, já serviam como alerta. O elenco passa por modificações com o campeonato em andamento, e isso não costuma ser bom. O panorama não é animador para o Coxa.

667 visitas - Fonte: Globoesporte.com


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