Marquinhos diz por que abriu mão de ser capitão: Marcelinho é referência

25/5/2015 17:11

Marquinhos diz por que abriu mão de ser capitão: Marcelinho é referência

Candidato ao prêmio de MVP do NBB 7, ala revela conversa com o técnico José Neto e conta que pedido para devolver a

Marquinhos diz por que abriu mão de ser capitão: Marcelinho é referência
Por história de Marcelinho no Flamengo, Marquinhos (à esq.) abriu mão de ser o capitão rubro-negro (Foto: André Durão)


Eles dividiram espaço por anos na seleção brasileira, mas quando Marquinhos foi contratado pelo Flamengo em 2012 houve quem apostasse que a convivência entre o ala e Marcelinho tinha tudo para dar errado e que a calmaria na Gávea estava com os dias contados. Engano. Juntos há três temporadas, os dois principais astros do elenco rubro-negro não só se entendem perfeitamente dentro de quadra, como, principalmente, fora dela. Se com a bola nas mãos quase sempre foram decisivos nas recentes conquistas do clube, nos bastidores suas decisões também prevalecem. E a mais recente de todas, ocorrida internamente antes do início dos playoffs do NBB 7, mostra a força do camisa 11 e confirma o respeito e a boa entre os dois.

Desde 2007 no Flamengo, Marcelinho sempre foi a principal referência e o capitão rubro-negro. Mas um desentendimento entre o ala e o técnico José Neto, após a vitória sobre o Minas Tênis por 77 a 59, dia 3 de fevereiro, pelo segundo turno da competição, fez o treinador passar a "braçadeira" a Marquinhos. O castigo durou mais de dois meses, mas o tempo passou, os problemas foram superados, e o camisa 11 resolveu tomar uma decisão.

O fato de ter me tornado o capitão não mudou nada, tanto que antes dos playoffs eu procurei o Neto e pedi para que o Marcelinho voltasse a ser nosso capitão. Não só pela liderança que ele exerce no grupo, mas por ele ser uma referência do basquete do Flamengo e ter uma história vitoriosa no clube
Marquinhos

- O fato de ter me tornado o capitão não mudou nada, tanto que antes dos playoffs eu procurei o Neto e pedi para que o Marcelinho voltasse a ser nosso capitão. Não só pela liderança que ele exerce no grupo, mas por ele ser uma referência do basquete do Flamengo e ter uma história vitoriosa no clube. Foi uma decisão minha, um assunto tratado internamente e por isso pouca gente soube - revelou o camisa 11, maior pontuador do Flamengo no NBB 7 com médias de 16.1 pontos, 4.6 rebotes e 2.6 assistências por partida.

Mas essa não foi a única conversa protagonizada por Marquinhos que ajudou o Flamengo a voltar aos trilhos no NBB 7 e se classificar para enfrentar o Bauru na série melhor de três jogos pelas finais da competição, que começam nesta terça-feira, às 21h30, na Arena da Barra, com transmissão do SporTV e cobertura em Tempo Real do GloboEsporte.com.

Candidato a MVP (jogador mais valioso) da competição, Marquinhos conversou por telefone com o GloboEsporte.com. Falou sobre o Bauru, adversário na sua quinta decisão de NBB, sua relação com Marcelinho e um antigo desejo de jogar na Europa. Confira a entrevista.

GloboEsporte.com: Mudou alguma coisa dentro do grupo o fato de você ter passado a ser o capitão?

Marquinhos: O fato de ter me tornado o capitão não mudou nada, tanto que antes dos playoffs eu procurei o Neto e pedi para que o Marcelinho voltasse a ser nosso capitão. Não só pela liderança que ele exerce no grupo, mas por ele ser uma referência do basquete do Flamengo e ter uma história vitoriosa no clube. Foi uma decisão minha, um assunto tratado internamente e por isso pouca gente soube.

Por falar no Marcelinho, ele voltou a ser protagonista no terceiro jogo das semifinais contra o Limeira depois de um período difícil. Você chegou a conversar com ele depois do problema com o Neto?

- Eu converso com ele todos os dias. Sempre mostrei a ele sua importância para o Flamengo, pois se trata de um grande jogador que sempre foi um cara de grupo. Ele sabia dessa condição, mas era difícil conseguir mostrar isso com pouco tempo de quadra. Acho que ele melhorou e cresceu demais nos playoffs depois de entender qual é o papel dele no time. Ele percebeu que tinha que sair do banco e nos ajudar de outra maneira, entendeu que teria que fazer coisas diferentes para estar mais tempo em quadra. E foi o que aconteceu. Ele voltou a sorrir, sentiu que ainda é muito importante para a equipe e tem feito grandes partidas.

Novamente protagonista, Marcelinho comemora a vitória do Flamengo sobre o Limeira (Foto: Luiz Pires/LNB)


Pela primeira vez vocês terão que decidir o NBB fora de casa. Você acredita que seja uma desvantagem muito grande para o Flamengo?

- O fato deles não jogarem no Panela de Pressão também é uma pequena vantagem para nós. Acho que nessa final o fator quadra não vai fazer tanta diferença assim porque nenhum dos dois times vai jogar nos ginásios que estão acostumados.

Qual o segredo para vencer um time que ganhou tudo na temporada?

- Bauru é um timaço, mas enfrentou uma série muito equilibrada contra o Mogi. Eles fizeram um trabalho muito bom na defesa, e acredito que temos que defender muito bem também para ganhar deles. Esse é o caminho.

Vocês perderam os dois jogos contra eles na fase de classificação. Isso preocupa?

- Nas duas partidas nós não estávamos vivendo um grande momento, mesmo assim eles só nos venceram no Rio nos últimos minutos. O jogo de lá foi logo depois de uma viagem para o México pela Liga das Américas. Era meu primeiro jogo depois de me recuperar de uma dengue, o time todo sentiu o cansaço. São dois jogos que não servem muito como comparação. Nos playoffs tudo mudou, é um campeonato totalmente diferente agora, e eles sabem muito bem disso.
Ao lado do Alex você é um dos candidatos ao prêmio de MVP do NBB

7. Essa foi uma temporada especial para você?

- Acho que vem sendo uma temporada muito especial até pelo grau de dificuldade. Estive doente em boa parte do campeonato e muito aquém do que podia render em vários momentos. Mesmo assim consegui me destacar. Melhorei não só em temos de pontuação, mas em conseguir envolver mais meus companheiros na partida, além de ajudar com rebotes e assistências.

Ainda não tive nenhuma sondagem da Europa ou da NBA, mas se pintar qualquer proposta eu vou pensar e analisar com carinho
Marquinhos

Depois de uma temporada de altos e baixos, vocês fizeram boas partidas contra São José e eliminaram o Limeira em apenas três jogos. O Flamengo cresceu na hora certa?

- Acredito que o período de 15 a 20 dias que tivemos para treinar antes dos playoffs foi um ganho muito grande para nosso grupo. Bauru talvez esteja sentido um desgaste emocional por conta de ter feito todas as finais dos campeonatos que disputou. Mas estamos praticamente na mesma condição que eles. Só não disputamos o Paulista e a Liga Sul-Americana, acho que não tem tanta diferença assim. Nosso time cresce demais na hora de decidir títulos, temos que entrar para matar. Com certeza quem vencer esse primeiro jogo terá mais de 50% de chance de levar o título. Uma vitória deles aqui nos obrigará a vencer os dois jogos em São Paulo. Nós queremos confirmar a vitória em casa para fazer exatamente o contrário e jogar essa pressão para cima deles.

Seu contrato com o Flamengo acaba no fim dessa temporada. Você pretende continuar ou ainda sonha jogar na Europa ou voltar para a NBA?

- Estou no auge do meu basquete. Vou sentar com meu empresário e ver o que é melhor para mim. Ainda não tive nenhuma sondagem da Europa ou da NBA, mas se pintar alguma proposta eu vou pensar e analisar com carinho. Vai depender muito do que tiver nas mãos. Sou muito feliz aqui e para sair tem que ser algo muito bom. Não esperava ganhar tantos títulos e sei que minha passagem aqui vai ficar marcada. Tenho um carinho muito grande pelo clube.

Conseguiria jogar em outro clube que não seja o Flamengo caso permaneça no Brasil?

- É muito difícil responder a essa pergunta por que isso implica em muitas coisas, como salários atrasados, propostas e muitas outras coisas. Mas temos que saber também se o Flamengo vai manter esse alto investimento para a próxima temporada.

740 visitas - Fonte: Globoesporte


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