Imagem detalhada mostra que a bola saiu de campo no lance que terminou no gol avaiano (Foto: Reprodução)

A polêmica no gol da vitória do Avaí por 2 a 1 sobre o Flamengo, no último domingo, provocou muita discussão, reclamação e segue rendendo debates. Nesta segunda-feira, no programa "Bem, Amigos!", o comentarista de arbitragem Arnaldo Cezar Coelho revelou que o assistente Anderson José de Moraes Coelho desmentiu o flamenguista Armero e, em comunicado à CBF, informou que em nenhum momento admitiu ter errado, como declarou o jogador rubro-negro após a partida.

Em entrevista, o colombiano afirmou que o assistente havia assumido a responsabilidade após não assinalar a saída de bola que culminou no segundo gol catarinense, na Ressacada, em Florianópolis. No lance, a bola saiu pela linha de fundo, mas o jogo continuou. Nem o assistente nem o árbitro Rafael Claus assinalaram a irregularidade.

- Houve uma entrevista do Armero que disse que o bandeirinha chegou para ele e falou: "errei e peço desculpas". O bandeirinha, sabendo da entrevista, mandou mensagem para a CBF da seguinte maneira: "Vi a entrevista do Armero dizendo que falei pra ele que havia errado. Quero deixar claro que é mentira. Não falei com ele e nem com ninguém, pois pra mim a bola não havia saído e somente acreditei que ela saiu quando vi a imagem no vestiário após o jogo" - revelou Arnaldo.

Para o ex-árbitro e comentarista, Anderson José de Moraes Coelho não pode ser considerado o único responsável pelo erro de arbitragem. Ao analisar a jogada, Arnaldo destacou o posicionamento do assistente, mas disse que a presença de alguns jogadores atrapalhou a visão da jogada.

- Todos viram que a bola saiu no segundo gol do Avaí, mas tem algumas particularidades. O bandeirinha não viu, tinha dois jogadores (na frente). O árbitro Rafael Claus é que foi um pouco lerdo na sua movimentação (...) Não estou aqui para justificar o erro da arbitragem. Estou apenas dizendo que esse erro faz com que o Rafael Claus, que é um bom árbitro, aprenda que num lance desse tem que entrar na área com vontade e não depender do bandeirinha porque, no fundo, quem manda é o árbitro, e não transferir a responsabilidade do lance total para o bandeirinha. Claro que se o bandeirinha não tivesse aqueles dois jogadores (na frente) ele teria visto, quebrou ele - analisou.