Guerrinha conversa com o auxiliar André Germano (Foto: Sérgio Pais/ GloboEsporte.com)
Desde que garantiu sua presença na decisão da sétima edição do Novo Basquete Brasil (NBB), após uma dura série de playoff com o Flamengo, o Bauru tem se dedicado a estudar as qualidades de seu rival na decisão do nacional, que terá seu primeiro capítulo nesta terça-feira à noite, às 21h30, na Arena da Barra, no Rio de Janeiro.
Como enfrentará o poderoso Flamengo, dono de três títulos do NBB, incluindo os dois últimos, e presente em cinco das sete edições do torneio, a tarefa do técnico Guerrinha sabe que precisará neutralizar as principais armas de um time que já provou sua força em momentos de decisão.
Logo após o treino da véspera da decisão, no ginásio da Gávea, no Rio, Guerrinha comentou com o GloboEsporte.com quais são, na avaliação dele e de sua comissão técnica, as qualidades de destaque que precisam ser neutralizadas para que o Bauru possa chegar ao inédito título do NBB. Confira quais são:
Ofensividade do Flamengo também preocupa Guerrinha (Foto: Danilo Sardinha/GloboEsporte.com)
Antes mesmo de elencar, de forma especial, um ponto de destaque no Flamengo, o técnico Guerrinha lembra que o elenco do time carioca, como um todo, é especial e de muita qualidade.
- Como um todo, e isso inclui os jogadores e a comissão técnica, o Flamengo tem um elenco de muito respeito. Além de suas qualidades técnicas, é um time que está acostumado a jogar finais e que possui jogadores muito competitivos, de nível olímpico e mundial. Por isso, o Neto [técnico do Fla] tem à sua disposição muitas variações táticas – disse o comandante bauruense.
Mas quando provocado a apontar algo mais específica, Guerrinha não hesita em citar as qualidades e o poder de decisão do armador argentino Nicolás Laprovittola, de 25 anos, e eleito o melhor atleta da posição na temporada passada do NBB e o MVP (jogador mais valioso) da Copa Intercontinental de 2014, vencida pelo Flamengo.
- O Laprovittola é o jogador que mais cria no Flamengo, joga muito bem no pick and roll, que tem 43% do jogo do Flamengo. Com isso, ele, cria desequilíbrio do rival na defesa para colocar cada jogador na sua melhor condição. É o cérebro do time, tem de ter uma atenção especial e vários tipos de recursos para poder parar o jogo dele – explica Guerrinha.
Laprovittola é um dos principais jogadores do Flamengo (Foto: João Pires/LNB)
Mas para Guerrinha não é apenas com Laprovittola que seu sistema de marcação deve se preocupar. Ele destaca que o ala Marquinhos é outro daqueles que merecem o carimbo de “especial”.
- O Marquinhos é outro jogador que, com seu biotipo e a qualidade técnica que possui, faz todo tipo de movimentos que um bom atacante precisa ter. É um atleta que avaliamos como capaz de fazer um grande estrago grande no adversário - diz.
Marcelinho é um dos destaque do banco (Foto: Danilo Sardinha/GloboEsporte.com)
Guerrinha, que vem sofrendo com a redução de sua capacidade de revezamento desde a contusão do ala/pivô Jefferson William, em fevereiro, reconhece que o banco do Flamengo guarda atrações especiais. E, neste quesito, ele destaca o poder de decisão do veterano Marcelinho.
- O Marcelinho é jogador que vem do banco, mas com uma capacidade técnica e mental incrível pra decidir partidas. A gente precisa ficar muito de olho nisso - adverte.
Por fim, Guerrinha destaca a vocação ofensiva do time flamenguista, que suplanta, com sobras, suas qualidades defensivas. O treinador bauruense diz que o Flamengo tem também boas variações defensivas, mas que não chegam perto, por exemplo, de Franca e Mogi neste quesito.
- O Flamengo explora a velocidade e as características de seus arremessadores, não se pode ter descuido, principalmente em relação ao jogo de transição. É um time que, como se diz no basquete, chega jogando. Eles fazem muito bem isso quando colocam sua artilharia em funcionamento – diz Guerrinha.
Ofensividade do Flamengo também preocupa Guerrinha (Foto: Danilo Sardinha/GloboEsporte.com)
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