Meyinsse anotou oito pontos, pegou cinco rebotes, deu três tocos e uma assistência na vitória sobre o Bauru
(Foto: André Durão)

Antes de a bola subir, os jogadores são apresentados pelo locutor para irem à quadra. Um por um, recebem os aplausos e acenam ao público. Com a camisa 55, Meyinsse é o último a sentir esse carinho. Pacientemente, espera sua vez. Ao ser anunciado, cumprimenta cada companheiro até chegar ao final da fila, próximo aos torcedores. Esse ato, tantas vezes repetidos há duas temporadas, ganhou novo tom momentos antes do início do jogo 1 da decisão do NBB, que teve a vitória do Flamengo por 91 a 69 sobre Bauru. O pivô pôde ouvir o ecoar de seu nome ainda mais alto, com os rubro-negros o aplaudindo de pé. O jeito brincalhão, um tanto fanfarrão, e sua dedicação nas partidas conquistaram a “Nação”, como ele mesmo gosta de se referir. O americano com alma carioca está em casa.

Meyinsse está feliz no Rio, cidade que aprendeu a gostar. Nela, conheceu o açaí, o carnaval e o Maracanã. Costumeiramente, é visto frequentando o estádio para assistir aos jogos do time, muitas vezes sozinho. O celular e suas redes sociais também são bons passatempos. São nelas que o "gigante", de 2,07m e 26 anos, torna-se uma criança. A última brincadeira é gravar vídeos entoando uma das mais recentes músicas das arquibancadas, "isso aqui não é Vasco, isso aqui é Flamengo". E a inspiração vem de seus seguidores mais assíduos.

- Durante toda a semana, as pessoas me mandaram mensagens no telefone e redes sociais desejando boa sorte. A Nação me abraçou. Agradeço a isso e vou continuar jogando forte para ela. Pra mim é divertido ser assim. Eu vim pro Brasil fazer parte desse time do Flamengo e dessa torcida. Gosto bastante de jogos de futebol e o açaí me ajuda dentro de quadra com força e intensidade. Vou tomar ainda mais (risos) - disse o americano, que anotou oito pontos, pegou cinco rebotes, deu três tocos e uma assistência diante dos bauruenses.

Mas engana-se quem pensa que o americano trata o basquete do país como uma brincadeira ou diversão. Até que ele se diverte, porém, quando entra em quadra, gosta de mostrar muita intensidade dentro do garrafão, como aconteceu diante dos paulistas na noite de terça-feira.

- Gostamos de jogar com intensidade e estamos com um bom ritmo nesse fim de temporada. Conseguimos fazer isso de novo hoje (ontem), e é isso que temos que fazer. Quando jogamos assim, é difícil ganharem da gente - afirmou durante entrevista na zona mista da Arena da Barra.

MVP da final do ano passado contra o Paulistano, o camisa 55 sabe que a missão rubro-negra de ter de vencer o jogo em Marília, no próximo sábado, será mais árdua do que a desta terça, mas promete dedicação para voltar a sentir o sabor da medalha dourada.

- A gente joga todos os jogos tentando ganhar, determinados a jogar firme na defesa. Treinamos todos os dias para isso e nessa semana não foi diferente. Com a ajuda da torcida, a gente conseguiu. Agora, temos que nos preparar para o próximo jogo e sermos mais intensos, mais firmes ainda, para conseguirmos uma vitória como visitantes - completou.

As duas equipes voltam a se enfrentar neste sábado, às 10h, no Ginásio Neuza Galetti, em Marília. A partida terá transmissão ao vivo da TV Globo para o estado do Rio de Janeiro e para as regiões das afiliadas TV Tem, TV Tribuna, TV Diário e TV Vanguarda - no interior de São Paulo. O jogo 3, se necessário, será disputado no sábado seguinte, dia 6 de junho, também em Marília e novamente com transmissão da TV Globo. O GloboEsporte.com acompanha tudo em Tempo Real com vídeos.