Paolo Guerrero será anunciado nesta sexta-feira como primeiro grande reforço do Flamengo para a sequência da temporada. O peruano fechou com o clube carioca um compromisso por três anos. Aos 31 de idade, o atacante formará dupla de ataque com Marcelo Cirino, até então o principal nome que chegou à Gávea em 2015.

As luvas pedidas pelo atleta serão diluídas pelo tempo de contrato. Apesar do elevado investimento, os dirigentes asseguram que não deixarão a política de austeridade e garantem que o Flamengo se preparou para não só contratar, como ter condições de pagar em dia um jogador do calibre do centroavante.

O clube pretende fechar com pelo menos mais um reforço de bom nível para o decorrer da temporada. Já o departamento de futebol rubro-negro tenta negociar alguns atletas pouco aproveitados, para assim reduzir a folha de pagamento. O meia argentino Lucas Mugni, ex-Colón, e Thalysson, lateral-esquerdo contratado ao ASA, são candidatos.

Na troca de comissão técnica já foi obtida uma redução no custo mensal em torno de R$ 300 mil, o que permitiria o pagamento de salário a mais um jogador de bom nível. O clube afirma não depender do sócio torcedor para pagar Guerrero, mas evidentemente espera mais adesões ao programa com a contratação de impacto.

A chegada do peruano à Gávea faz parte de um processo de qualificação técnica do time de futebol que se acentua de acordo com o equilíbrio financeiro do Flamengo. Ao final de 2015, mais jogadores com contrato se encerrando até lá serão liberados para abrir novas receitas no orçamento. Assim os cartolas pretendem contratar mais.

Guerrero é jogador pronto, maduro, que chegará ao Flamengo para resolver problemas do elenco, ampliar o poderio ofensivo da equipe. Não se contrata um atleta como ele pensando em lucros futuros. O problema é a seleção do Peru, que constantemente irá retirar o artilheiro de compromissos rubro-negros nas competições nacionais.

Ponto importante é a auto-estima do torcedor. Ao tirar o ídolo do Corinthians, um grande rival dos flamenguistas na atualidade, o clube deixa rubro-negros empolgados e orgulhosos. Cabe aos torcedores corintianos uma rápida reflexão sobre as decisões tomadas pelos dirigentes que seguem colecionando dívidas e perdendo talentos.