Perto do jogo 100, Márcio Araújo se vê fazendo 200, 300... "Sempre foi assim"

8/10/2015 08:31

Perto do jogo 100, Márcio Araújo se vê fazendo 200, 300... "Sempre foi assim"

Volante confia na renovação de contrato pautado em seu histórico com as camisas de Atlético Mineiro e Palmeiras, outros dois grandes clubes que defendeu no Brasil

Perto do jogo 100, Márcio Araújo se vê fazendo 200, 300... Sempre foi assim
Márcio Araújo concedeu entrevista ao GloboEsporte após o segundo treino de quarta-feira (Foto: Fred Gomes)

Márcio Araújo chegou ao Flamengo cercado de desconfiança. Foi contratado em fevereiro do ano passado, pouco depois de a direção desistir de Elias, que se tornara o principal jogador rubro-negro em 2013, quando, por empréstimo, atuou pelo clube. Márcio não mostrou estilo de jogar semelhante ao de Elias nem tampouco virou ídolo dos flamenguistas. Mas ganhou espaço. Primeiro porque, em dois meses de Gávea, fez gol em final contra o Vasco que garantiu o 33º título Carioca ao Rubro-Negro. Além disso, tornou-se titular absoluto e conquistou o respeito da torcida.

Atleta que mais entrou em campo pelo Flamengo na atual temporada (52 vezes), o maranhense de 31 anos viverá um domingo especial, contra a Desportiva, em Cariacica (ES). Lá, fará seu 100º jogo vestindo as cores que o acompanham desde pequeno. E vai além: pautado em suas passagens por Atlético-MG (224 partidas) e Palmeiras (252), acredita numa longa trajetória no Ninho do Urubu. Questionado se pensa em duplicar ou triplicar o número, não titubeou.



- Para mim, praticamente foi sempre assim. No Flamengo foi algo novo por ter feito contrato de um ano só (em 2014) e depois ter renovado. Por Palmeiras e Atlético sempre fiz de quatro (anos) para cima. Hoje em dia, mais experiente, a gente vive o dia a dia, não dá para pensar daqui dois ou três anos. Tenho que pensar nos próximos dois ou três meses, esperar até o ano que vem. Se puder permanecer, vou ficar muito feliz - torce o camisa 8 do Flamengo, cujo contrato com o clube se encerra em dezembro.


Márcio Araújo comemora gol do título Carioca em cima do Vasco em 2014 (Foto: Gilvan de Souza / FlaImagem)



- Vestir a camisa do Flamengo é muito especial. Para quem um dia sonhou ser atleta e viu o sonho de jogar num grande time distante, fazer o 100º jogo num amistoso ou não para mim vai ter o mesmo gostinho. Para qualquer jogador é muito importante fazer 100 jogos, mas só o fato de fazer parte do clube já é importante demais. Fico feliz pela regularidade que tenho tido e por aproveitar as chances que as pessoas têm me dado.

Irmão do vascaíno Paulinho, Márcio Araújo escolheu o Flamengo para chamar de seu por identificação e pelos muitos jogos do Rubro-Negro que eram transmitidos em São Luís, capital maranhense. A lembrança mais especial dele é compartilhada por flamenguistas da mesma geração: o gol de Pet que deu ao Fla o quatro tricampeonato de sua história, em 2001.

- Aquela final contra o Vasco, do gol do Pet nos últimos minutos. Tinha até já saído de casa, porque estava perdendo, e meu irmão me zoando. Acabei saindo de casa. Quando ouvi o grito, corri pra casa do vizinho pra dar uma olhada, vi que era gol do Flamengo e fiquei muito feliz. Meu irmão me atentava demais (risos), me zoava demais. Marcou muito não só porque foi bonita demais a cobrança de falta do Pet, mas por esse lance de ser zoado. Eu, por ser irmão mais novo, não aguentava muito a zoação e acabava apelando. Aí ouvi o grito, dei uma olhada na casa do vizinho e vi que era o gol - recorda.

Confira outros temas abordados por Márcio:

Todo mundo sabe, mas não custa perguntar: qual seu jogo mais especial pelo Flamengo? E qual o mais difícil de engolir?

O mais difícil foi a eliminação esse ano no Carioca (para o Vasco), em que a gente acabou tendo vacilo numa única jogada, e eles acabaram fazendo o gol. E o melhor foi a final do Carioca (de 2014) pelas circunstâncias, não só por ter feito o gol, mas por ter conquistado o título.

Sua saída do Palmeiras foi pontuada por muita chateação por parte de torcedores. Alguns chegaram a fazer site com contagem regressiva pela sua saída. Isso mudou no Fla?

Chateação até certo ponto. Os caras botam o que querem. Ninguém que me apoiava fez nada. E se fizesse não teria valor algum. Infelizmente aqui no Brasil a notícia ruim vende muito mais. Isso que fizeram não vai apagar o que eu fiz pelo Palmeiras, a titularidade que mantive nos anos que passei. Acho que só aconteceu aquilo também porque eu não quis renovar, o Palmeiras queria que eu renovasse. Acabei optando por jogar em outro clube e viver outros ares. Isso é parte do passado e aquilo não influenciaria na minha vida. Aqui no Flamengo, não. Totalmente diferente. Sou muito feliz aqui, claro que existe contestação, como existiu em toda a minha carreira, mas isso não me atrapalha em nada.

O Flamengo é diferente?

Joguei por Atlético e Palmeiras, mas a dimensão do Flamengo é muito maior. Pessoas que não via há muito tempo se reconectaram, me ligaram e me deram parabéns pela minha vinda. Todo mundo ficou feliz, porque sabia que eu torcia pelo Flamengo.

867 visitas - Fonte: Globoesporte.com


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