19/10/2015 21:49
Refugiados fazem festa ao se tornarem funcionários de lojas do Flamengo
Os 10 congoleses recém-contratados dançaram, comeram, beberam e fizeram a festa ao som de cantos da torcida em confraternização no Dia do Comércio
Dez integrantes da Fla-Refugiados agora trabalharão na Espaço Rubro-Negro (Foto: João da Mata)
Os refugiados recém-contratados pelas lojas oficiais do Flamengo participaram de confraternização na tarde desta segunda-feira, Dia do Comércio. A festa acontece anualmente no feriado entre funcionários da empresa, e contou com a "apresentação oficial" dos novos integrantes, que foram apadrinhados por Júlio César "Uri Geller" e Adílio, ídolos do clube. Em clima de descontração, os 10 congoleses comeram churrasco, beberam cerveja, dançaram ao som de funk e fizeram a festa com os rubro-negros presentes, entoando cantos tradicionais da torcida.
Charly Kongo, porta-voz do grupo, foi chamado ao palco para falar sobre as expectativas em relação ao novo emprego.
- É importante não confundir refugiados com fugitivos. Somos refugiados. Viemos do nosso país (Congo) ao Brasil para melhorar nossa situação e ajudar nossos familiares. O desemprego lá é muito grande, as coisas são bem mais difíceis. Somos gente como todo mundo, pessoas normais. Temos desejos e ambições. Esperamos dar nosso melhor agora e, futuramente, quem sabe possamos virar gerentes (risos) - brincou.
Os novos contratados foram ovacionados pelos funcionários da empresa. Em seguida, Charly recebeu uma camisa de Adílio, lembrando ritual entre dirigente e jogadores na apresentação de reforços à imprensa. Muito felizes, os congoleses seguiram a festa no palco ao som de cantos da torcida rubro-negra. Alguns já sabiam a letra, outros aprenderam na hora.
Marcelo Plaisant, diretor da SM Plai, empresa que faz interlocução do clube com os donos das lojas licenciadas, acredita que sua equipe assumiu um compromisso de integrar os novos funcionários ao novo trabalho. O empresário afirmou que a língua não deve ser uma barreira, já que todos falam bem português. Eles passarão por processo de adaptação e, se o funcionário ainda não estiver com condições de trabalhar atendendo o público, passará primeiro pelas áreas de personalização de camisas e estoque.
Apesar de feliz com a novidade, Marcelo se mostrou triste com algumas críticas que a empresa vem sofrendo nos últimos dias em relação as contratações. Algumas pessoas, atentando para o período de crise no Brasil, consideraram "absurda" a oportunidade dada para os congoleses "em detrimento" de brasileiros desempregados.
- Infelizmente sofremos criticas preconceituosas por dar emprego a essas dez pessoas. Queria dizer que a gente já emprega 450 rubro-negros e estamos contratando mais 50 para as novas lojas que vão abrir. Além de mais 100 para o Natal. Eles são uma realidade do Brasil, não fomos buscar os caras no Congo. Eles são legais, têm carteira de trabalho. O cara fala três línguas, passou na prova... Por que não posso dar emprego para ele? Não é nem 2% da empresa - afirmou.
874 visitas - Fonte: Globoesporte
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