Café forte: Zé Ricardo levanta time na preleção e vive dia especial na estreia

30/5/2016 07:53

Café forte: Zé Ricardo levanta time na preleção e vive dia especial na estreia

Discreto, treinador fala pouco no jogo, mas passa boa impressão a atletas e diretoria, com injeção de moral para grupo superar crise: "Não tem razão para não acreditar"

Café forte: Zé Ricardo levanta time na preleção e vive dia especial na estreia
As emoções do dia: vibração com Carlito, papo com Cuéllar e Tata e ansiedade no fim (Foto: infoesporte)

40 minutos depois do apito final de Ponte 1 x 2 Flamengo, Zé Ricardo chegou para a entrevista coletiva. Ainda desacostumado ao certo protocolo de coletivas de imprensa após a partida, ele tomou banho e depois de falar por 15 minutos pediu desculpas por desconhecer o hábito e até pelo nervosismo na primeira vez que encarava microfones, lentes e gravadores. Eram 15 profissionais de imprensa, mas ele sabia que falava para milhões no Brasil e mundo afora. Até a última quinta-feira Zé Ricardo estava preocupado em arrumar o time sub-20 atrás de mais um caneco no torneio nacional da categoria - após vencer a Copa São Paulo de juniores em janeiro. Mas a manhã desse domingo de 29 de maio vai ficar marcada para sempre na carreira.



- Nunca poderia imaginar que iria fazer primeiro jogo numa Série A de Brasileirão defendendo o Flamengo, que é um gigante. Estou feliz, muito feliz mesmo. Meu jeito é um pouco mais tranquilo, mas quando tem que gritar a gente grita. Mas até pela situação de trabalho, de início, conhecendo os atletas, acho que postura um pouco diferente disso poderia até tirar um pouco da estabilidade deles e minha preocupação era que eles mantivessem a atenção e a concentração na partida - disse,
parecendo ainda sob efeito da inédita adrenalina, na estreia entre profissionais de uma carreira bem preparada na base.

Ao lado, para superar desafios de uma estreia debaixo de expectativa e sob a tensão de uma crise, trouxe até "reforço". Léo Inácio, ex-lateral do clube e atual coordenador das divisões inferiores, se juntou à comissão de Muricy Ramalho, com Tata e o preparador físico Carlito Macedo. Na cabeça, Zé trouxe ideias novas para colocar em prática num dos primeiros contatos com grupo desconhecido para ele e que também não o conhecia.

Zé Ricardo não vai contar que esteve à frente da grande atuação logo na primeira vez. Na verdade, muito longe disso. O time mostrou antigas deficiências. No primeiro tempo, sofreu com bolas aéreas, um defeito que, a rigor, Muricy conseguiu diminuir com insistentes treinos de bola parada. Na etapa final, voltou a ter jogador expulso. Na organização da equipe, o time se portava mais no estilo do ex-treinador - com Cirino e Fernandinho como pontas abertos e alternando lados. No meio, Alan Patrick conseguiu criar, apesar do isolamento.

A vitória também foi pessoal. Afinal, a preleção foi montada para levantar o astral do grupo, refrescar a mente dos atletas, que vinham num ciclo vicioso de derrotas, protestos, eliminações, cobranças e queda de confiança. Às 8h40, logo depois do café da manhã, um papo rápido de 15 minutos e algumas imagens que lembrava os bons momentos da equipe naquela temporada levou o Flamengo mais leve para campo no Moisés Lucarelli.

- Ele aliou a humildade de quem fazia sua estreia nos profissionais com a firmeza de quem sabe o que quer - resumiu o vice-presidente de futebol Flavio Godinho.

Não foi só a diretoria que gostou da primeira impressão do treinador. Atletas gostaram do tom motivacional da curta palestra, sentiram mais confiança para entrar em campo e também do sentido de organização da equipe, mesmo depois da expulsão de Fernandinho. Zé fechou o meio de campo com Arão pela direita, Cuéllar centralizado e Márcio Araújo na esquerda, sem deixar a Macaca passar da intermediária.


À la Muricy, Zé Ricardo abriu Fernandinho e Cirino. Mesmo isolado, Alan Patrick fez boa partida (Foto: Raphael Zarko)

O treinador mostrou um ponto diferente de Muricy. Logo no início do segundo tempo mandou todo mundo aquecer. E não demorou para mexer também - algo que era comum na era Muricy Ramalho. As trocas renovaram o fôlego para segurar a Ponte. Claro que uma dose de sorte, como reconheceu o próprio treinador, também é sempre de bom grado. A Ponte foi melhor no primeiro tempo e o Flamengo conseguiu uma virada improvável.

Na beira do campo, o treinador falou pouco. Pareceu se sentir mais à vontade com velhos conhecidos. Assim, passou mais instruções para Jorge e Felipe Vizeu. Aplaudiu e vibrou bastante nos gols, distribuiu abraços e esfregou o rosto preocupado com a pressão da Macaca na parte final do jogo. Olhou para os céus quando Alex Muralha defendeu a virada de Felipe Azevedo. No fim, ainda teve o nome gritado pela torcida. Religioso, o treinador, que professor da rede pública municipal do Rio, se benzeu e beijou medalhinha. O ritual é novo no banco de reservas no Flamengo. Um ritual que espera repetir muitas vezes, com serenidade e conhecimento, ao lado da torcida e à frente do Rubro-Negro.


Sem Fernandinho, na direita, Arão fechou lado, formando linha com Cuéllar e Márcio Araújo (Foto: Raphael Zarko)

1591 visitas - Fonte: Globoesporte.com


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