Rueda será o décimo técnico estrangeiro do Fla; Jayme segue contra o Galo

10/8/2017 10:18

Rueda será o décimo técnico estrangeiro do Fla; Jayme segue contra o Galo

Para Evaristo de Macedo, que foi comandado pelo paraguaio Fleitas Solich na década de 50, técnico colombiano precisa se adaptar rapidamente. Rubro-Negro tenta tê-lo contra Botafogo

Rueda será o décimo técnico estrangeiro do Fla; Jayme segue contra o Galo
Com seis jogadores estrangeiros no elenco, recorde entre os clubes da Série A do Brasileiro deste ano, o Flamengo aposta também em um técnico de fora para voltar aos trilhos na temporada. Para acelerar a adaptação à língua, aos costumes e, principalmente, ao estilo de jogo no país, o colombiano Reinaldo Rueda, de 60 anos, terá ajuda dos compatriotas Berrío e Cuellar caso seja oficialiado como o novo treinador rubro-negro. Os argentinos Mancuello e Conca e os peruanos Guerrero e Trauco também ajudam.



As negociações entre Flamengo e Rueda estão avançadas. O treinador já aceitou a proposta do Rubro-Negro, mas ainda restam detalhes para o anúncio. Por isso, Jayme de Almeida, que comandou a equipe na goleada por 5 a 0 sobre o Palestino, nesta quarta, segue no comando para o jogo contra o Atlético-MG, domingo.

Rueda deve chegar até o fim da semana, mas o Flamengo aguarda a finalização do acordo para que o treinador seja anunciado e apresentado pelo clube. No sábado pela manhã, o time treina no Rio e viaja para Belo Horizonte.

A diretoria ainda não confirma a contratação e muito menos que Rueda acompanhe o jogo em Minas Gerais. Para enfrentar o Botafogo, Rueda só teria segunda e terça-feira para participar das atividades no clube - e apenas um dia com o grupo completo, já que os dias seguintes às partidas são treinos de recuperação de quem atuou no dia anterior.

Enquanto isso, se nas quatro linhas a presença de gringos tem sido constante, à beira do campo a iminente chegada de Rueda encerrará um longo jejum de 36 anos sem um treinador estrangeiro no clube da Gávea. O colombiano será o décimo gringo a dirigir o Rubro-Negro em 101 anos de futebol. A última aposta foi no paraguaio Modesto Bria. Ídolo nos tempos de jogador, o ex-zagueiro do primeiro tricampeonato carioca do clube (1942-43-44) teve cinco passagens no comando do time.

Na derradeira oportunidade, ficou apenas 17 jogos no cargo em 1981, sem conseguir fazer engrenar a equipe que tinha Zico, Adílio, Júnior, Leandro, Andrade... Ainda assim, deixou seu nome marcado: era o treinador nos 8 a 0 sobre o Fortaleza, maior goleada rubro-negra em Brasileiros. Bria foi sucedido por Paulo César Carpegiani, que viria a ser campeão carioca, da Libertadores e do Mundial naquele ano, além do Brasileiro de 82.

Outro tricampeão carioca como jogador (1953-54-55) e também ex-treinador do Flamengo, Evaristo de Macedo acredita que Rueda pode fazer um bom trabalho no Brasil, mas adverte que o bom retrospecto no seu país, onde levou o Atlético Nacional ao título da Libertadores em 2016, não é garantia de êxito quando se cruza a fronteira.

- Ele é um treinador de sucesso, só que lá (na Colômbia). Aqui é diferente. Quando se trabalha fora, você precisa se adaptar rapidamente aos novos costumes, à vida local. Para isso, os jogadores sul-americanos vão ajudar. Mas a vida de um treinador não depende só do bom trabalho que ele possa fazer, dos seus métodos de treinamento, e sim dos resultados em campo. Para isso, ele precisa ter bons jogadores, e nesse sentido o Flamengo possui um time bem equilibrado, isso facilita - observou Evaristo, de 82 anos.



Evaristo chegou ao Flamengo em 1953, vindo do Madureira, e iniciou sua trajetória na Gávea junto com o treinador estrangeiro de maior sucesso do clube, o paraguaio Fleitas Solich. A segunda partida de Evaristo com a camisa rubro-negra, uma vitória por 3 a 2 sobre o Santos, no Maracanã, marcou a estreia do Feiticeiro, como era conhecido Solich.

Sob o comando de Solich, o Flamengo de Evaristo conquistou o segundo tricampeonato carioca da sua história. Solich foi técnico do Paraguai na Copa do Mundo do Brasil, em 1950, e três anos depois chamou a atenção ao levar seu país ao título da Copa América, vencendo o Brasil na decisão por 3 a 2. Para Evaristo, o Brasil era mais aberto a treinadores importados do que hoje em dia.

- Naquela época, havia outros estrangeiros trabalhando aqui, como o uruguaio Ondino Vieira, no Fluminense (terceiro treinador com mais jogos na história tricolor, 266). Hoje a pressão é muito maior, o cara tem que conquistar não só os jogadores mas a torcida, o público em geral. É difícil - opinou.



Depois de seis anos na Gávea, Fleitas Solich cruzou o Atlântico em 1959 para dirigir o Real Madrid, mas deixou o clube merengue no ano seguinte. Voltou ao Flamengo para ser campeão novamente, do Torneio Rio-São Paulo de 1961.

Retornou para uma última passagem em 1971, quando encerrou carreira. O Feiticeiro é até hoje o segundo treinador que mais vezes dirigiu o clube, em 504 jogos, atrás apenas de Flávio Costa (765 partidas).

Embora o futebol no Flamengo seja praticado desde 1912, na primeira década o time era dirigido não por um treinador e sim por uma comissão técnica. E, curiosamente, o primeiro a receber isoladamente a missão de comandar o rubro-negro foi um estrangeiro, o uruguaio Ramón Platero, que chegou à Gávea em 1921 bem credenciado, por ter levado o seu país ao título do Sul-Americano de 1917, torneio precursor da Copa América. Apesar da fama, ficou apenas nove jogos no cargo, com somente três vitórias.

Primeiro treinador do Flamengo foi um uruguaio
Em 1925, outro uruguaio, Juan Carlos Bertoni, teve mais êxito: foi campeão carioca naquele ano, e repetiu a dose em 1927, dividindo o comando com o brasileiro Joaquim Guimarães. O primeiro técnico europeu do Flamengo foi o inglês Charles Williams, entre 1930 e 1931. Ex-goleiro na sua terra natal, Williams ficou famoso como o primeiro da posição a marcar um gol, em um chute da sua própria área, quando atuava pelo Manchester City, em abril de 1900, num jogo contra o Sunderland.

Aqui no Brasil, Charles Williams foi pioneiro também como treinador: dirigiu o Fluminense no primeiro Fla-Flu da história, em 7 de julho de 1912, na vitória tricolor por 3 a 2. O treinador inglês marcou época no Rio: foi campeão carioca por Fluminense (1924) e América (1928), e também dirigiu o Botafogo antes de chegar ao Flamengo, onde encerrou a carreira.

Embora falassem a mesma língua dos seus comandados, os técnicos portugueses Ernesto Santos, em 1947, e Cândido de Oliveira, em 1950, não deixaram saudade à frente do Flamengo. O último técnico estrangeiro a ser campeão com o Flamengo foi o argentino Armando Renganeschi, que conquistou o Carioca de 1965 e dirigiu a equipe até 1967, em 127 partidas.

Embora não tenha ganhado campeonatos, um dos técnicos estrangeiros mais importantes da história rubro-negra foi o húngaro Izidor 'Dori' Kürschner. Renomado treinador na Suíça - levou a seleção do país à medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Paris-1924 e foi tricampeão nacional com o Grasshopper (1927, 1928 e 1931) -, o judeu Dori Kürschner trocou a Europa pelo Brasil, possivelmente devido à ascenção do nazismo no Velho Continente.

O trabalho de Kürschner no Rio de Janeiro foi considerado inovador, por ter apresentado o sistema tático WM quando chegou ao Flamengo, em 1937, e introduzido métodos de treinamento sem bola. No entanto, o fim da passagem do treinador húngaro pelo Flamengo, 80 anos atrás, serve para explicar a tradição brasileira de se guiar pelos resultados.

Mesmo com todo o retrospecto de sucesso, fama internacional e métodos de trabalho eficientes, Küschner não resistiu a uma derrota marcante, os 2 a 0 para o Vasco no jogo inaugural do estádio da Gávea, em quatro de setembro de 1938.
Atual campeão da Libertadores da América, com o Nacional de Medellín, o colombiano Reinaldo Rueda chegará ao Flamengo com prestígio em alta. A história, porém, avisa: para ter futuro no futebol brasileiro, um passado de sucesso pode não ser suficiente.

5308 visitas - Fonte: Globo Esporte


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o flamengo esta proibido de perder pro bostafogo. vamos atropelar o faisca.

Vamos ser campeões da Copa do Brasil e da Sul-americana, e se o Corinthians marcar bobeira a gente ganha o Brasileirão também, com o Rueda o time vai rodar, vai engrenar.

o presidente está fazendo a vontade da nação mandou o ze embora e está contratando esse técnico que a maioria está querendo só quero ver se o time for eliminado pelo bostafogo e ñ ir bem no brasileirão quero ver se vão ter paciência para esperar se adaptar ou vão pedir a cabeça dele também e crítica o presidente por ter trago um técnico estrangeiro os próprios que estão pedindo é o que criticam depois

ele tem um elenco ótimo
ele tem esquema tático
sabe fazer as substituições certas vai dar certo vamos ser campeões copa do Brasil e sulamericana E no campeonato brasileiro vamos voar mais alto ok

vamos ser campeão na copa do Brasil rumo quarto títulos fé em Deus

OLÁ VOCÊ DE TODO BRASIL QUE TEM TV POR ASSINATURA E TEM POUCOS CANAIS E PAGA CARO.
NÓS TEMOS A SOLUÇÃO
LIBERAMOS OS CANAIS E REDUZIMOS A FATURA
INTERESSADOS ZAP 11980799494

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