Na reapresentação do elenco, os trabalhos foram retomados no Ninho do Urubu visando os próximos desafios do Mais Querido na temporada. Encerrado o treino que deu início à preparação para o confronto diante da Ponte Preta, o técnico Reinaldo Rueda concedeu entrevista coletiva na Sala de Imprensa Victorino Chermont, onde falou sobre a sequência do Flamengo nas duas competições em disputa.

"Hoje houve uma reunião com todos os jogadores, diretores e comissão técnica para sabermos que teremos que seguir em frente. Queremos mais e sabemos que teremos dois grandes desafios pendentes, que são o Brasileirão e a Copa Sul-Americana. É nossa função melhorarmos dia a dia. Temos uma boa mistura, com jogadores jovens e experientes, que sabem que o futebol é assim. Nosso compromisso é estar sempre ganhando dentro de campo, e vamos trabalhar para alcançá-lo", projetou.

A 'mística vencedora' que vem sendo implantada no elenco também foi foco das perguntas realizadas por parte dos jornalistas presentes. A importância da competitividade em todas as partidas foi ressaltada pelo treinador. "Sempre vai ser nossa tarefa a cobrança dessa mística, dessa mentalidade. Todos os jogos são muito importantes para nós. Não há muita diferença", disse Rueda.

Durante a entrevista, o comandante rubro-negro explicou a opção por manter Vinicius Jr. junto ao grupo durante o período no qual será disputada a Copa do Mundo Sub-17. "Foi uma situação analisada com a diretoria, com a comissão e com o Vinicius. Queremos o melhor para ele, é um jogador consciente, inteligente, importante para a Seleção. Mas ele não participou das semanas de preparação. Ele sabe que pode chegar e ajudar, mas também quer respeitar isso. Ele sabe que a Seleção tem bons jogadores e vai ficar conosco. Esperamos que a Seleção tenha sucesso no Mundial", comentou.

Acerca das críticas individuais que atletas rubro-negros vêm recebendo nas últimas semanas, principalmente após a final da última quarta-feira, Rueda foi enfático. Em decisões por pênaltis, o que ocorre durante o tempo regulamentar muitas vezes é ignorado nas análises pós-jogo, e foi exatamente esse o ponto da fala do treinador.

"É preocupante para o futuro do futebol no país e pelo futuro dos jornalistas do Brasil para o Mundial de 2018, porque a capacidade de análise está focada apenas em uma situação, que, inclusive, está fora dos 90 minutos. Vocês como jornalistas brasileiros estarão ao lado da Alemanha, da Rússia, da Holanda e dos outros classificados da América do Sul, da África e da Ásia. A capacidade de análise deve ser do jogo, táticas. Me parece ser um desgaste desnecessário. Será que isso beneficia o futebol brasileiro? Somos todos uma família e vivemos para o futebol. Técnicos, jornalistas, juízes. Temos que nos respeitar. Não podemos reduzir 90 minutos de futebol em duas situações: Diego e Muralha. É muito triste", lamentou.