Fora do Flamengo desde o início de março, Dorival Júnior tem tido dificuldade para entrar em um acordo com o Rubro-Negro pela forma de pagamento da dívida. Para piorar, as partes não se entendem nem mesmo a respeito de como andam as conversas sobre o caso. Dorival cobra do ex-clube o pagamento de dois meses de direito de imagem, um mês de salário na carteira de trabalho e multa por rescisão de contrato, conforme previsto.

Três meses e meio já se passaram e nada foi resolvido. Com a alegação de que a decisão seria importante para equilibrar as finanças do clube, o Flamengo afirma ter procurado o treinador duas vezes para fazer um acordo.

"Fizemos duas propostas e ele não aceitou. Ainda não houve um acordo. O Flamengo cumpre com o que combina e vai pagar, mas não posso prometer uma coisa que não vou fazer", afirmou o vice-presidente de finanças, Rodrigo Tostes.


Porém, mais uma vez, as partes não entram em um acordo. O treinador disse, através de sua assessoria de imprensa, que nunca recebeu uma proposta oficial do Flamengo para que fosse feito um acordo. Além disso, ele lembra que o último contato foi feito há cerca de 40 dias, com o vice de futebol, Wallim Vasconcelos, que prometeu uma nova ligação em quatro dias, o que não aconteceu.

Até o fim do ano passado, Dorival recebia R$ 450 mil mensais e a sua remuneração do técnico chegaria perto da casa de R$ 800 mil, o que o colocaria no patamar dos mais bem pagos do país. Mesmo diante do alto valor, o treinador não descarta entrar na Justiça por seus direitos. Substituto de Dorival, Jorginho também já deixou o clube e não teve problemas com a multa rescisória, que previa apenas o pagamento de mais um mês de salário.