Final do Fla ratifica Rio como palco de ódio, brigas e gás de pimenta

14/12/2017 07:40

Final do Fla ratifica Rio como palco de ódio, brigas e gás de pimenta

Final do Fla ratifica Rio como palco de ódio, brigas e gás de pimenta
Guilherme Arruda passou algumas horas na "fila virtual" de um site para conseguir comprar o ingresso para a final da Copa Sul-Americana. Algum tempo e R$ 80 depois, vaga garantida no Maracanã. O desafio era apenas o primeiro - e mais tranquilo - na odisseia para ver o duelo entre Flamengo e Independiente, na última quarta-feira (13). O que o empresário de 29 anos não sabia é que o bilhete nem seria necessário na entrada do estádio. No meio de uma enorme confusão, ele foi jogado para dentro do Maraca por torcedores rubro-negros que invadiam o setor Norte pelo portão F do local. No ar, gás de pimenta, bombas de gás lacrimogênio e o clima de medo completaram um cenário de guerra que terminou ainda com o vice do time carioca no torneio com o empate por 1 a 1.



A história de Guilherme como protagonista é apenas uma dos inúmeras que tiveram o Maracanã e seu entorno como palco na noite passada. Pior, apenas um dos milhares que se repetiram pelo Rio de Janeiro durante toda a temporada de 2017. No último jogo oficial do ano, um cenário preocupante, porém banal na atualidade: discurso de ódio, brigas, confusões, polícia utilizando das mais diversas armas ditas "não letais" para combater o caos e o futebol como coadjuvante.

"Caveirão", veículo blindado da PM do RJ, chega para mais um jogo no Maracanã. Cena comum em uma cidade acostumada a ver jogos de futebol como palco de guerra
E os tumultos, desta vez, começaram bem antes do jogo. Com um dia de antecedência. Na noite de véspera do duelo final da Sul-Americana, torcedores do Flamengo cumpriram uma promessa de retaliação e tacaram bombas na direção do hotel que servia de concentração para o Independiente. O tradicional foguetório era pouco na decisão de "dar o troco" pelas dificuldades encaradas pelo Rubro-negro em Buenos Aires. Eles queriam mais. Grades foram arremessadas e uma tentativa de invasão foi verificada. No fim, dezenas de detidos pela polícia.

O sinal estava claro: a quarta-feira não seria tranquila. Promessa cumprida. Horas antes dos portões abrirem, mais tumulto. Agora na porta do Maracanã. Rubro-negros atacavam torcedores do Independiente que se deslocavam para a entrada dos "hinchas".

"Tem que matar mesmo. Vão aprender que macaco é brabo", gritou um flamenguista mais exaltado, relembrando o caso de racismo da última semana, quando um torcedor argentino imitou o animal para provocar os brasileiros, após empurrar um senhor de 81 anos.


A tropa de choque da Polícia Militar entrou em ação. Agora com cavalos. Novidades no dia, mas algo já corriqueiro nas portas de estádios do Rio de Janeiro.
Bombas de gás lacrimogênio, gás de pimenta e balas de borracha se juntavam ao arsenal que tentava conter os tumultos. Nada novo na cidade, acostumada a confrontos no Engenhão e em São Januário.

A Polícia Militar tentou até onde deu. Os torcedores não desistiam. E passaram a invadir o Maracanã derrubando grandes, leitores eletrônicos e o que viam pela frente. E fez-se uma nova briga generalizada, agora no portão B, conforme relatado pelo empresário Guilherme Arruda.

"Os nossos torcedores se juntavam para invadir, forçavam o portão e voltavam. Então começou a guerra com a polícia. Aquilo que já sabemos de sempre: gás de pimenta, gás lacrimogênio e bala de borracha. As pessoas se abaixavam, pulavam pela rampa. Um horror, uma guerra", contou um assustado Guilherme.

Bola rolando. Uma pequena paz. Mas que não durou mais de 90 minutos. Fim de jogo, Flamengo vice-campeão e novo tumulto.

Os torcedores do Flamengo vandalizaram os arredores do estádio após a derrota. Bombas e morteiros foram atirados em caminhões de transmissão das emissoras de televisão e na entrada da imprensa. Pedaços de madeira, garrafas e pedras no portão de saída dos jogadores. A PM agiu com bombas de efeito moral, jatos de água, balas de borracha e spray de pimenta. Sim, tudo de novo. Centenas de torcedores demoraram quase uma hora para deixar o estádio.

Flamengo x Independiente entrou para a galeria de títulos sul-americanos do clube argentino. E também para a relação de fracassos internacionais do Rubro-negro. Mas finalizou uma lista desagradável: a de problemas em estádios no Rio em 2017.

Antes, morte no Engenhão (em um Flamengo x Botafogo), barbárie em São Januário (em um Vasco x Flamengo) e brigas no Fla-Flu da Copa Sul-Americana. Novamente no Engenhão, brigas no duelo entre rubro-negros e alvinegros pela Copa do Brasil com direito a relatos de racismo. A coisa só piorava. E não tinha fim.

Neste último duelo no Rio em 2017, o pacote completo. Racismo por parte dos argentinos, brigas e confusões entre os rubro-negros antes, durante e depois da partida. E mais uma página manchada do futebol carioca. No fim, os times empataram por 1 a 1. Mas pouco se falou disso na saída de um Maracanã em guerra.

1524 visitas - Fonte: uol esporte


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sou flamenguita e não vai ser dois vices capeonato no mesmo ano que vou desistir de torcer porem. é triste ver principalmente a violencia e tambem uma equipe totalmente mediucre.fraca.despreparada todo o time com uma ou duas exessões amarela nos jogos decisivos o resultado é este. ser jogador de futebol proficional depende de talento sim mas tem que ter personalidade a historia vitorioza do flamengo foi escrita muitas vezes por jogadores nem tão craques nem tão badalados astros e etc...mas os caras vestiam o manto e com inpenho e personalidade chegavam e decidiam jogos bem mas difices do estes ultimos cruzeiro e independiente. tenho quarenta e dois ano sempre vi o flamengo desorganizado financeiramente cheio de ladrão no comando mas quando chegava nos jogos decisivos era duro hoje torcer pro flamengo não dar tanto orgulho infelizmente. em fim isto é só um pequeno desabafo uma vez flamengo sempre flamengo hoje vou vestir minha camisa andar nas ruas normalmente como torcedor que sou e na esperança de que dias melhores vinrão pra nassão rubrunegra

final triste,pqp

VOCÊ QUE ESTÁ CANSADO DE TER POUCA PROGRAMAÇÃO DE TVV ASSSINATURA E NÃO CONCORDA COM OS VALORES COBRADOS
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PARA TODO BRASIL
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