Foto: André Durão
Se a falta de um bom futebol vinha sendo a grande questão sobre o Flamengo, o jogo contra o Internacional serviu para elucidar qualquer dúvida. Pelo postado, pelos lados e pelo de meio campo, o Fla teve uma atuação impecável, sobre o comando de Maurício Barbieri. Muito também pela proposta de jogo oferecida pelo Internacional e pelo elenco rubro-negro saber aproveitar as brechas.
Dessa vez, mesmo com o resultado na mão, o treinador foi ousado e não fechou a equipe para manter o magro 1 a 0.
[strong]PELAS PONTAS E PELO MEIO[/strong]
Com o Internacional bem postado, obrigou o Flamengo a atuar pelos flancos. As jogadas individuais saiam dos pés de Vinícius Júnior e Lucas Paquetá, que se revezavam com Geuvânio. Apesar da maior posse de bola, a efetividade na conclusão era falha, Só na primeira etapa foram 20 cruzamentos para área, quando o talento não aparecia. A estratégia foi boa, sufocou o Inter no campo de defesa e o gol só não saiu por méritos da defesa rival.
[strong]O MEIA EVERTON RIBEIRO[/strong]
Sem Diego, coube a Everton Ribeiro a função de um meia mais centralizado, alternando em determinados momentos como segundo voltante, função exercida por Lucas Paquetá. Quando o jovem arriscava, Everton recuava. Porém, jogador de frente para a defesa, o camisa 7 apareceu como elemento surpresa e foi o principal jogador para quebrar em profundidade as linhas ofensivas do Colorado. Se Diego tem uma melhor visão de jogo, Everton tem mais raciocínio para ser esse elemento surpresa. E a escolha de Barbieri deu certo. Muito certo.
[strong]OLHO NAS LATERAIS[/strong]
Se o Flamengo foi o dono da partida, os sufocos que vieram foram pelas laterais. Tanto Rodinei, quanto Renê tiveram problemas para marcar as investidas em velocidade do time colorado, em especial com Iago e Fabiano. Tanto que em pelos menos quatro oportunidades, em bolas saindo pelos cantos ou em toques verticais, Diego Alves teve que intervir e salvar o Fla. No primeiro tempo, por exemplo, as melhores chances foram do Inter, com Leandro Damião de cabeça. Ambas após cruzamentos dos laterais em bolas recebidas em profundidade.
[strong]SEGURANÇA DE CUÉLLAR[/strong]
Não existe dúvida do grande momento que o colombiano vive na equipe rubro-negra. Como protetor da zaga, é um perito nos desarmes e ainda sabe sair jogando. Maurício Barbieri tem explorado esse potencial. Cuéllar dá cobertura para a defesa - que geralmente é mais lenta e com qualidade na saída - e aparece também como elemento surpresa. O camisa 8 sempre chega centralizado e é peça fundamental na montagem desse esquema tático. Sem ele, o Fla fica muito exposto e corre riscos.
O meu mengão gastou a bola ontem.
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