Na disputa pelo título brasileiro e tendo pela frente o Fla-Flu, o Flamengo não foi um dos clubes com mudança na presidência, mas já começou a ter movimentações políticas devido à eleição que ocorrerá no final deste ano, em um cenário ainda de muitas indefinições, inclusive da possibilidade de Rodolfo Landim tentar a reeleição.
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No podcast Posse de Bola #88, Mauro Cezar comenta o cenário político do Flamengo e diz que Landim percebeu no Flamengo que dirigir um clube de futebol tem muitas diferenças em relação ao mundo corporativo, no qual o dirigente tem experiência.
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O cenário é de muita indefinição, a situação não lançou ainda um candidato, o Landim, em tese, não será. Fala-se muito de um acordo que teria sido feito lá atrás para que o Rodrigo Dunshee, que é o vice geral fosse o candidato ao final do mandato do Landim, mas isso nunca foi confirmado, até hoje não foi confirmado. Pode surgir um outro nome, pode ser que o Landim tente a reeleição, não sei se vai tentar”, diz Mauro Cezar.
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Ele é um presidente que me parece às vezes que se surpreendeu um pouquinho com a relação que tem que ter com a imprensa e consequentemente com o torcedor quando no cargo. Acostumado ao mundo corporativo, onde você toma as decisões e os questionamentos geralmente não acontecem porque você é o chefe, você é o dono, você é quem tem a caneta, no futebol é diferente porque o maior acionista é o torcedor e o torcedor cobra, e a imprensa questiona. Petrobras, nenhuma grande empresa multinacional que seja, nenhuma delas tem torcida", completa.
Mauro ressalta que a cobrança é muito maior em um clube de futebol e o dirigente precisa estar apto a lidar com a torcida e também com a imprensa, o que em diversos momentos Landim não soube lidar bem durante sua gestão.
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O holofote é monstro e aí acho que o cara se surpreende um pouco quando ele vê que entre o mundo corporativo e o futebol há uma diferença muito grande, é muito mais gente olhando e questionando”, diz o jornalista.
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Com as várias idiossincrasias, várias contradições, com os vários equívocos cometidos na sua gestão, em assuntos muito importantes, evidentemente acontecem críticas. Não dá entrevista coletiva, fala com a imprensa escolhendo a dedo com quem vai falar, não sei se ele se sente tão bem no cargo, tenho dúvida. Gostaria de perguntar, mas ele não responde, então fica aqui a pergunta no ar", conclui.
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