O Flamengo apenas empatou com o Boavista no último sábado (27), em jogo que foi o último antes do retorno de Rogério Ceni e da maior parte dos jogadores titulares ao time para a sequência da temporada e do Campeonato Carioca, que tem o clube rubro-negro como líder mesmo tendo atuado sem sua força máxima nas primeiras seis partidas, com alguns jogadores com participação importante, como João Gomes e Michael, que virou líder de assistências no estadual.



No podcast Posse de Bola #112, Mauro Cezar Pereira afirma que a participação do Flamengo no período sem os titulares foi razoável e que, apesar das críticas por parte da torcida, o atacante Michael mostrou evolução nas últimas partidas, inclusive dando passes para gols, ressaltando a necessidade de o clube recuperar o jogador.

"Alguns jogadores ali acho que ganharam certo prestígio e pedem oportunidades aí no futuro jogando com os titulares, é o caso do João Gomes, é o caso do Hugo Moura, é o caso do Bruno Viana, acho que para o Léo Pereira foi bom também jogar algumas partidas, de ganhar um pouco mais de confiança, é um jogador muito marcado pela torcida, e o Michael, que continua sendo criticado pela torcida, mas na minha opinião fez um bom jogo, aliás, três jogos seguidos ele deu passe para gol", diz Mauro Cezar.

"É claro que ele não está jogando futebol de 7 milhões de euros. Agora, você faz o que com um jogador desse? Manda embora? Não, você tenta recuperar. Para que servem esses joguinhos aí do Carioca? Para você tentar recuperar esse tipo de jogador, o cara ir ganhando confiança", completa.

O jornalista destaca o fato de Michael não ter passado pelas categorias de base, o que faz com que ele ainda tenha de corrigir problemas da formação no Flamengo, mas destaca a melhora e cita que não dá para descartar um jogador que custou 7 milhões de euros, como foi o caso do atacante que se destacou pelo Goiás em 2019.

"Ele é um cara que não teve base, ele pega a bola e corre. Já está entendendo que não é para pegar a bola e correr, tem hora que você pega, toca, recebe, se posiciona, ele está voltando para marcar. Assim, ele está aprendendo a jogar futebol coletivamente. É bizarro, mas é isso, aos 25 anos. Porque ele se destacou em um time que jogava de uma maneira que era muito favorável a ele", diz Mauro.



"Você tem que tentar recuperar esse cara e eu acho que ele conseguiu ter um bom desempenho nos últimos jogos, deu passe para gol, mas existe uma parte da torcida que não precisa nem ver o jogo, 'eu vou reclamar desse e daquele', e vai reclamar sempre. Hoje tem um pessoal na rede social que vive disso, de ficar reclamando dos jogadores incondicionalmente. Achei que foi razoável, bom o que os garotos fizeram e acho que esse jogador está em um processo aos poucos de recuperação. Não vai ser o destaque do time, não vai ser a referência do time, ele é um cara para compor elenco", conclui.

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