Futebol brasileiro entra em novo patamar de dívidas

5/4/2021 10:25

Futebol brasileiro entra em novo patamar de dívidas

Futebol brasileiro entra em novo patamar de dívidas

O futebol brasileiro ganha um novo patamar. Fora de campo. Alguns clubes importantes estão próximos de superar a marca do R$ 1 bilhão em dívidas. Devo, não nego. Pago quando puder. Os balanços de 2020 estão sendo apresentados a conta gotas e há associações que só fazem perder dinheiro nos últimos anos, de modo a aumentar as despesas frente aos ganhos e assim acumular dívidas que já não conseguem mais liquidar numa mesma temporada. Poderia citar clubes como Botafogo, Corinthians, Inter, Cruzeiro e Atlético-MG, entre outros, cujas dívidas já passaram da casa do meio milhão e se aproximam do bi.



Como todos sabem, 2020 foi uma temporada para esquecer. A pandemia acabou com as receitas dos clubes, se não 100%, com boa parte, espantou patrocinadores e freou o crescimento do sócio-torcedor, que tinha nas partidas seu maior patrimônio. Desde que a covid-19 mudou a vida do brasileiro, levando milhares ao óbito, os estádios foram desocupados. Partidas vinham sendo realizadas em São Paulo, por exemplo, mas sem a presença de público, o que só contribuiu para onerar ainda mais os clubes. Uma fonte de arrecadação deixou de existir. Times como Palmeiras e Corinthians, Flamengo e Grêmio, e outros mais, colocavam facilmente 35 mil pessoas em suas arenas. Alguns desses até mais, perto dos 40 mil. Isso dava a eles rendas de R$ 2 milhões a R$ 3 milhões. Se fizessem 30 jogos em casa por ano, poderiam ganhar de R$ 60 milhões a R$ 90 milhões.


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Sem jogos, o sócio-torcedor também pulou fora. No Brasil, esse sistema de arrecadação está muito atrelado ao jogo. Há bônus e outros incentivos na maioria dos programas, mas seu consumidor se liga mesmo nos confrontos do time e na facilidade de adquirir os ingressos. Com as arenas vazias, o negócio naufragou. Estima-se que o Flamengo tenha perdido metade da sua base de 150 mil membros. Com ela, deixou de ganhar muito dinheiro.

A conta é simples. Se cada torcedor pagar R$ 10 de mensalidade, o clube do Rio arrecada R$ 1,5 milhão por mês. Seriam R$ 18 milhões no ano. Sabe-se, porém, que a mensalidade é três vezes mais do que isso, o que equivale dizer que o programa deixou de receber perto de R$ 30 milhões no ano passado. Não foi o único. A maioria dos clubes no País enfrentou o mesmo problema.

O novo patamar das dívidas na casa do bilhão de reais fez com que os presidentes de clubes puxassem o freio de mão com toda força para brecar os gastos. É preciso estancar o sangramento.

Alguns terão de fazer isso na Série B, casos de Cruzeiro, pelo segundo ano seguido, Vasco e Botafogo, por exemplo. Esses três vão sofrer mais porque deixarão de ganhar cotas de times da elite. O Botafogo deve sair de R$ 80 milhões de direitos de TV para R$ 6 milhões. Sua folha de pagamento é de R$ 2 milhões. Terá de rebolar para pagar suas contas na temporada. O que quer dizer que não deverá quitar um único real de sua dívida acumulada até dezembro de 2020. Pior. Se não honrar seus compromisso com as receitas que tem, precisará ir ao mercado tomar dinheiro emprestado, de modo a aumentar o que já deve.



É a tal da bola de neve que os economistas vivem falando quando um cidadão deixa de pagar seu cartão de crédito. O R$ 1 vira R$ 2 e os R$ 2 viram R$ 4. Já era. No futebol, sem dinheiro para nada, os elencos serão mais fracos, não haverá grandes contratações, a base passa a ser o caminho natural para estrear atleta sem gastar dinheiro, os valores das marcas vão cair, ficará mais barato comprar um pedacinho da camisa de qualquer um desses times e a venda de jogador, DNA do futebol brasileiro, será a maior esperança de todos.

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771 visitas - Fonte: Estadão/Robson Morelli


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AO COMENTAR FUGA DO SÓCIO TORCEDOR, ESTÃO ESQUECENDO QUE DESEMPREGADO OU COM FONTE DE RENDA PERDIDA, IMPOSSÍVEL MANTER DESPESAS. FIDELIDADE AO CLUBE X COMIDA = INADIMPLÊNCIA NOS CARNETS.

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