Pouco utilizado nos tempos de Jorginho e, principalmente, Dorival Júnior, o camisa 15 não é titular indiscutível com o treinador atual. Léo Moura é o dono da lateral, enquanto Cáceres e Elias formam a dupla de volantes preferida. Invariavelmente, porém, Luiz Antonio está em campo, tanto que desde quando foi utilizado pela primeira vez com Mano - diante do Botafogo - só não atuou contra o Grêmio, e por estar suspenso. São 14 participações em 15 partidas.

Para o jovem de 22 anos, os números refletem uma maturidade encontrada após início promissor em 2011 e um oscilante 2012:

- Amadureci. Entendi o que é jogar no Flamengo. Quando viemos da base, ficamos um pouco iludidos. Pude mostrar mais quem é o Luiz Antonio. Tenho mais calma, mais personalidade agora. Faço o que o professor pede. Estou à disposição, seja na lateral ou no meio. Para mim, é bom jogar em mais de uma posição. É algo que até ajuda.

Promovido por Luxemburgo em 2011, Luiz Antonio tem 86 partidas com a camisa do Flamengo e cinco gols. Nos últimos anos, foi uma das poucas crias da base a se firmar entre os profissionais e viu uma geração, mais nova que a sua, ser pouco aproveitada após o título da Copa São Paulo.

Para o volante/lateral, a dificuldade de afirmação se deve também aos altos e baixos que têm marcado o Flamengo. Luiz não tem dúvidas em apontar que ter oportunidade em um time estável é muito mais fácil.

- Temos tido uma sequência de ganha, empata e perde, que não é muito bom. Quando o time faz um bom campeonato, como o Botafogo, facilita um pouco mais. Profissional é assim, pressão o tempo todo.

Quinta-feira, às 19h30m (de Brasília), no Maracanã, Luiz Antonio terá que encarar mais uma vez esta pressão, diante do Atlético-PR. Como a escalação de Léo Moura é uma dúvida, ele pode ser titular na lateral. Entretanto, mesmo que comece no banco, a tendência é que seja utilizado no decorrer da partida. Os números mostram isso.