O Rio de Janeiro poderá ficar sem estádios novamente: o Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) exigiu que o Consórcio Maracanã Entretenimento S.A. entregue um novo laudo de engenharia que dê segurança ao funcionamento do estádio. O prazo para a entrega do novo documento se encerra daqui a três dias, no dia 21 de setembro.

Segundo o MP, as exigências “de segurança, vistoria de engenharia, de prevenção e combate de incêndio e de condições sanitárias de higiene” não foram comprovadas após a reinauguração do Maracanã para o uso dos clubes, no dia 14 de junho.

De acordo com a promotora, Glícia Pessanha Crispim, um laudo foi feito e entregue pela Odebrecht (empresa majoritária responsável pelo Consórcio e uma das construtoras da arena), antes da reabertura do Maracanã para a Copa das Confederações. Mas ele não atende aos padrões exigidos pelo Ministério Público, principalmente no que tange a mudança na forma de separar as torcidas, além de outros questionamentos, como remoção das catracar, funcionamento das câmeras e segurança dos jogadores no caso de uma invasão de campo.

As exigências do MP foram recebidas pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) no dia 21 de agosto, com prazo de 30 dias para regularizar as pendências. Caso contrário, o Maracanã poderá ser interditado. A Federação de Futebol do Rio de Janeiro (Ferj) em seguida tomou ciência dos documentos e repassou à Maracanã S.A. que afirmou que tem ciência das exigências e que vem dialogando com o órgão. Inclusive, no dia 6 de setembro, pediu a prorrogação do prazo por mais 30 dias.

A concessionária afirma que em nenhum momento foi informada pelo MP que existia a possibilidade de fechamento do estádio.

Veja a nota de esclarecimento do Consórcio Maracanã Entretenimento S.A.

A concessionária que administra o Maracanã foi comunicada no dia 21 de agosto pelo Ministério Público sobre a necessidade de um laudo de engenharia do estádio Mário Filho mais detalhado. Desde então, a concessionária vem dialogando com órgão para que todas as solicitações da promotoria sejam atendidas, inclusive no dia 6 de setembro enviou carta solicitando ao MP uma extensão do prazo de 30 dias para fazer todos os esclarecimentos.

A concessionária esclarece também que recebeu do Poder Concedente o estádio com todos os documentos exigidos por lei. São eles laudos de segurança, de vistoria de engenharia, de prevenção e combate de incêndios e de condições sanitárias e de higiene. O estádio Mário Filho já havia recebido o amistoso Brasil x Inglaterra, no início de junho, e também as partidas da Copa das Confederações, no final de junho, sob gestão da CBF e da Fifa, respectivamente.

A concessionária esclarece que em todas as tratativas com o MP não foi informada sobre a possibilidade de fechamento do Maracanã.