A primeira derrota no Maracanã sob olhares da torcida provocou também a primeira grande manifestação no estádio contra a diretoria. Depois que o Atlético-PR conseguiu a virada, na noite desta quinta-feira, o nome do diretor de futebol, Paulo Pelaipe, foi alvo da fúria de boa parte de quem estava nas arquibancadas.

Quando o Rubro-Negro ainda vencia o jogo por 2 a 1, o técnico Mano Menezes era cobrado por alguns torcedores que se colocaram como auxiliares técnicos. Caracterizados com camisa personalizada, eles davam algumas instruções para o treinador ao longo do jogo.

A falta de paciência não ficou restrita somente à cúpula. Carlos Eduardo, substituído ao longo da segunda etapa, também voltou a receber muitas vaias.

Cobranças, no fim da partida, minimizada pelos jogadores, que reconheceram a atuação ruim. Elias, um dos únicos poupados pelos rubro-negros, criticou a maneira como o time aceitou o jogo ofensivo imposto pelo Atlético-PR, especialmente no segundo tempo da partida.

– Fizemos um bom primeiro tempo até tomando o 2 a 1. No segundo tempo não soubemos marcar, pressionaram e não soubemos criar. Temos de levantar a cabeça e não basta apenas jogar bem durante 20 minutos – disse o camisa 8, referindo-se à atuação da equipe durante os primeiros 20 minutos de jogo.

A perda da invencibilidade de cinco partidas no novo Maracanã – quatro vitórias e um empate – volta a colocar o Flamengo próximo da zona de rebaixamento e terá dois jogos decisivos para afastar o risco. Os próximos compromissos serão contra Náutico e Criciúma, que também brigam para não cair.