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Na lanterna disparado do Brasileiro, o Náutico tem 10 pontos no campeonato em 66 possíveis. Dos seus 22 jogos, 16 resultaram em derrotas. Em seis deles, o time conseguiu evitar o fracasso e obteve pontos. Dois deles foram contra o Flamengo. Na verdade, com o empate deste domingo nos Aflitos, o time pernambucano fez quatro pontos contra a equipe carioca. Obteve 40% de seus pontos contra os rubro-negros.

Esses números são uma demonstração do desempenho do Flamengo no Nacional. Um retrato tão fiel quanto foi a atuação carioca em Permambuco, em sua primeira partida após a saída do técnico Mano Menezes. Se não conseguia cumprir as ordens do treinador anterior, também não é capaz de seguir o atual técnico.

A não ser que Jaime de Almeida tenha orientado a equipe rubro-negra a errar a maior parte de seus passes no campo de ataque, a perder gols à frente do goleiro e permitir espaços para conclusões para o pior ataque do campeonato.

É verdade que o Flamengo foi melhor no primeiro tempo. Pressionou e concluiu diversas vezes a gol, o que já deveria ter levado a uma vantagem rubro-negra no placar. Mas falta qualidade técnica ao time carioca para acertar o último passe ou a última conclusão.

Ressalte-se que a equipe rubro-negra que estava em campo era diferente da escalada por Mano na última quarta-feira. Era mais cautelosa com a entrada de André Santos no lugar de Rafinha. Também houve mudanças com Samir na posição de Marco González, além de Amaral por Cáceres.

Mas o Náutico, diga-se, é um time que provavelmente teria dificuldades na Série B. Isso justificava a superioridade rubro-negra.

Uma vantagem que não se repetiu após o intervalo. O jogo tornava-se igual, igualmente ruim. As chances eram poucas, e esbarravam mais na falta de qualidade dos atacantes do que na segurança das defesas. Era um tal de a bola sobrar na área e o jogador chutar por cima.

Mas nada se compara ao que fez Elias. Poucos minutos antes do final, um cruzamento de escanteio foi parar na cabeça de Marcelo Moreno. Sua conclusão, miraculosamente, saiu bem feita. O goleiro Gideão rebateu e a bola sobrou limpa para Elias, na pequena área. Sem goleiro, sem zagueiro, quase colado na linha do gol, Elias mandou a bola na arquibancada.

Ele é o melhor jogador do Flamengo, ídolo da torcida no momento. Não à toa, já que foi o protagonista de vitórias como a sobre o Cruzeiro, que classificou o time na Copa do Brasil. Enfim, era um lance. Mas ficou claro porque o time carioca foi o único que concedeu quatro pontos ao Náutico.