São 10 nomes novos. Vamos a eles: Jaime Almeida, Cristóvão Borges, Claudinei Oliveira, Guto Ferreira, Enderson Moreira, Jorginho, Dunga, Argel Fucks, Marcelo Martelotte e Marquinhos Santos.

Hoje efetivos no Campeonato Brasileiro (exceto agora Marquinhos, demitido há dois dias), eles estavam em outras condições há três anos. Não eram treinadores de Série A. Neste período relativamente curto, a elite nacional trocou metade dos treinadores e relegou alguns medalhões, com história e títulos importantes, ao segundo escalão. Caso, por exemplo, de Joel Santana.

Joel elogia jovens, mas pede respeito: "eu tenho meu preço"

"Acho que essa renovação é válida, muito bom para o futebol. (...) Mas é muito fácil discutir contrato com um jovem que quer oportunidade", diz Joel em entrevista ao Terra. "Eu tenho meu preço. É meu currículo que me faz pedir esse preço. Há situações que apareceram e não quero, que são duvidosas", acrescenta sobre a hipótese de pegar algum time às portas do rebaixamento.

Joel Santana foi demitido pelo Bahia depois de oito partidas em maio e não participou do Campeonato Brasileiro. Está entre os treinadores que, há três anos, eram mais ativos no circuito. Nomes como Celso Roth, Emerson Leão, Falcão ou Mário Sérgio, mesmo em uma Série A marcada por várias trocas, praticamente não foram especulados por nenhuma equipe. No início da semana, alguns deles, como Falcão e Joel, se reuniram no Rio de Janeiro para discutir a profissão.

Enquanto se aventura em propagandas que zombam de seu inglês, Joel pede respeito. "Se temos 30 anos de carreira, não pode se dizer que está ultrapassado. Na Alemanha, o treinador (Jupp Heynckes, do Bayern) tinha 68 anos e ganhou todas as competições. Você não pode descartar um treinador que rodou o mundo, com títulos, com currículo. Em qualquer profissão, a primeira coisa a se olhar é o currículo".