O Flamengo sentiu na pele algo que foi privado por exatos 521 dias. Na última vez em que contou com a presença da torcida nas arquibancadas em Brasília, no já distante 16 de fevereiro de 2020, o time carioca bateu o Athletico-PR sob os olhares de 48 mil torcedores e ficou com o título da Supercopa do Brasil.



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Nesta quarta-feira, a goleada por 4 a 1 sobre o Defensa y Justicia foi diante de 5.518 pessoas presentes sob uma série de regras impostas pelo protocolo sanitário elaborado pelo Flamengo para convencer o governo do Distrito Federal a liberar um percentual da capacidade do Mané Garrincha para a decisão da vaga nas quartas de final da Libertadores.

O Governo do Distrito Federal (GDF) autorizou na semana passada a volta do público aos jogos de futebol. A Justiça local rejeitou dois pedidos para que o decreto fosse suspenso. Entre as restrições estão a obrigatoriedade da apresentação do cartão de vacinação com as duas doses da vacina para Covid-19 (ou uma dose, em caso de vacina de dose única), ou um teste PCR com resultado negativo.

Por causa disso, laboratórios nos arredores do Mané Garrincha promoveram ações e descontos para atrair novos clientes. A pouco mais de três horas para o início do jogo, o movimento era tranquilo no posto de troca de ingressos, sem registro de tumultos e aglomerações.

Cenário parecido foi visto nas dependências do Mané Garrincha. Com exceção de dois pontos distintos na parte interna do maior estádio do DF, onde houve alguma aglomeração, o distanciamento social foi respeitado. No anel inferior, faixas isolavam algumas fileiras, alternando locais que podiam ou não ser ocupados, a fim de também manter o distanciamento social. A determinação de manter grupos de até seis torcedores juntos também foi respeitada, na maioria dos casos.

O jogo ainda contou com a presença do presidente Jair Bolsonaro. Ele assistiu ao jogo de máscara, em um dos camarotes do Mané Garrincha.

Boa atmosfera para os jogadores

Um dos atletas que parecia mais empolgado com o retorno dos torcedores foi o atacante Gabigol. Pouco depois do Flamengo abrir o placar, o camisa 9 do Flamengo teve chance clara para ampliar. Ele chutou para o gol, mas o goleiro Unsain fez boa defesa. Na sequência, ele se virou para a torcida presente atrás do gol e pediu mais barulho.

Os torcedores também prestaram apoio ao goleiro Diego Alves, que falhou no gol de empate do Defensa y Justicia. Mesmo com o erro que custou caro, o camisa 1 do Flamengo recebeu o carinho da torcida, que terminou o primeiro tempo gritando o nome do arqueiro.

Na volta do intervalo, os argentinos viveram momento melhor do que os cariocas no jogo. Isso serviu para assustar a torcida.

A explosão de alegria, entretanto, veio a partir dos 20 minutos do segundo tempo. Arrascaeta, aproveitou rebote de um chute de Michael e marcou o segundo do Flamengo. Vitinho, pouco depois de entrar, acertou chute de perna esquerda e ainda teve tempo de marcar o quarto, já nos acréscimos.



Foi a chave para que os torcedores levassem o jogo em ritmo de festa, com direito a gritos de "olé" até o apito final do chileno Roberto Tobar. Goleada, vaga garantida, otimismo renovado: "O campeão voltou!", cantaram os presentes ao Mané Garrincha.







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