Zico em sua estreia pelo profissional do Flamengo: 2 a 1 sobre o Vasco em 1971, no Maracanã Foto: Reprodução
Há 50 anos, no dia 29 de julho de 1971, Arthur Antunes Coimbra, o Zico, anos antes de se tornar a maior lenda rubro-negra, entrava em campo pela primeira vez com a camisa do Flamengo pela equipe profissional, ainda aos 18 anos, e num cenário que pode-se considerar perfeito: noite de quarta-feira, semi-final de Taça Guanabara, Maracanã lotado, titular num clássico contra o Vasco – vencido por 2 a 1 –, e com direito a passe para gol.
Naquela partida, o ainda jovem e franzino Galinho jogou com a camisa 9, atuando improvisado pela ponta-direita. À época, o Jornal dos Sports, após a partida, destacou que Zico teve boa atuação, não se intimidando e mostrando viés de evolução: “futebol demonstrou que tem”. No dia do jogo, na prévia do confronto, o Correio da Manhã publicou um artigo onde convidava: “Vá conhecer o futebol do menino Zico hoje à noite”.
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O maior ídolo rubro-negro, é claro, comemorou a data em suas redes sociais:
“Bodas de Ouro. Em 1971, estava fazendo minha estreia no profissional do meu Flamengo, lançado por Don Fleitas Solich (técnico do rubro-negro naquele ano). Obrigado a Deus, à minha família, ao Flamengo, ao Celso Garcia, George Helal, todos meus companheiros que ralaram comigo dentro do campo”, escreveu.
O craque também publicou um vídeo feito pela loja de roupas Braziline, onde comenta sobre a sua estreia em 1971. O Galinho admitiu o nervosismo antes daquela partida, ainda aos 18 anos.
– No dia, a sensação, a emoção de você estar ali e pisar no Maracanã, no profissional, aquilo que você almeja, foi realmente o primeiro início de jogo. No aquecimento a gente já fica bastante nervoso, muito tenso. Até chegar a hora do jogo, é muito complicado, muito tenso para qualquer um. E não vem alguém dizer para mim que não sentiu nada, porque sente. Quando você entra em campo, aquela torcida, por mais que você esteja acostumado, é diferente. E num clássico ainda, um dos mais tradicionais do futebol brasileiro – disse.
Zico também falou sobre o passe certeiro que deu para Nei, que logo no início do jogo abriu o placar.
– Eu tinha acabado de vir do campeonato juvenil e tinha mais dois anos no juvenil, porque a categoria tinha passado para 20 anos. Mas, na semana seguinte, eu fui chamado para o time profissional. Eu falei com o Solich. Quando cheguei, ele já me colocou de titular, fora da minha posição. E aí veio o jogo, Flamengo x Vasco, uma quarta-feira, semi-final da Taça Guanabara. E eu tive a felicidade de, logo de cara, com menos de 10 minutos, receber uma bola e dei o passe para o Nei fazer o gol – comentou. – Foram anos que a gente jamais vai esquecer, que marcaram a minha vida, e o dia 29 de julho como foi a minha estreia no profissional, começa a minha história dali.
Naquele jogo, o time escalado pelo técnico paraguaio Fleitas Solich tinha Ubirajara Alcântara, Murilo, Washington, Fred e Tinteiro; Liminha, Tales e Nei Oliveira; Zico, Fio Maravilha e Rodrigues. Nas redes sociais, o Flamengo, é claro, também lembrou a data: “O primeiro ato do Rei”.
Zico foi protagonista de uma geração histórica e vencedora do Flamengo. Entre os muitos títulos que levantou com a camisa 10 rubro-negra, estão os quatro brasileiros – 1980, 1982, 1983 e 1987 –, a Libertadores de 1981 e o maior título até hoje do Fla, o Mundial de 1981.
– O Flamengo sempre teve grandes ídolos, mas o maior de todos é o Zico, sem dúvida alguma – disse Renato Gaúcho, em entrevista à FlaTV. – No início de 1987 eu tive o prazer de vir para o Flamengo e jogar do lado do meu grande ídolo, que sempre foi e sempre vai ser o Zico, e ainda fomos campeões brasileiros.
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