Mais da metade dos clubes que apoiam boicote ao São Paulo não tem selo de formação

9/10/2013 10:17

Mais da metade dos clubes que apoiam boicote ao São Paulo não tem selo de formação

Nem todos os clubes que confirmaram participação no boicote da próxima Copa São Paulo contam com o Certificado de Clube Formador (CCF).

Mais da metade dos clubes que apoiam boicote ao São Paulo não tem selo de formação
O selo criado pela CBF (Confederação Brasileira de Futebol) em 2012 e emitido a partir do cumprimento de uma série de exigências no trabalho com as categorias da base é um dos argumentos utilizados pelo São Paulo para se defender das acusações de aliciamento de jovens jogadores que sofre desde o primeiro semestre.

Na semana passada, conforme documento revelado pelo ESPN.com.br, um grupo formado por dez times respondeu ao convite da federação paulista para o campeonato condicionando sua presença à exclusão da equipe do Morumbi. Foram realizadas reuniões no Rio de Janeiro e em São Paulo para tratar o assunto nesta segunda-feira.

Pela primeira vez desde que surgiu a polêmica, no fim de abril, representantes tricolores se sentaram na mesma mesa para conversar sobre o tema. O gerente de base José Geraldo Oliveira, um dos mais criticados por seus colegas, foi um dos que marcou presença.

Ao todo, aderiram ao movimento os quatro grandes do Rio de Janeiro (Flamengo, Fluminense, Botafogo e Vasco), os três de Minas Gerais (Cruzeiro, Atlético-MG e América-MG), Vitória, Sport e Coritiba.

Menos da metade deles assegurou até hoje o certificado da CBF que atesta as condições ideais para formação e proporciona diversas vantagens como a busca de apoio através de leis de incentivo ao esporte, indenização na transferência de jogadores a partir dos 14 anos e recebimento de porcentagens em futuras negociações de pratas-da-casa no exterior.

Até o fim de setembro, somente 26 equipes haviam assegurado o selo no Brasil, dentre elas, América-MG, Vitória e Coritiba. Outros grandes como Corinthians, Palmeiras, Santos, Atlético-PR, Grêmio e o próprio São Paulo também já conseguiram.

Segundo o ESPN.com.br apurou, dentro do código de ética defendido pelos clubes foi firmado um prazo para que o documento fosse adquirido até o fim da temporada. A informação foi confirmada pelo gerente de futebol de base do Atlético-MG, André Figueiredo.

"Houve modificação na lei, no contrato de formação, que prevê multa, mas há um agravo: a CBF precisa chancelar os clubes formadores. Nós, no código de ética, nos colocamos um prazo para pegar essa chancela da CBF, ter um contrato de formação, até dezembro desse ano. Para que todos pudessem ter essa chancela, até dezembro ninguém mexe com jogador de ninguém", afirma Figueiredo.

A transferência do goleiro Lucão da Ponte Preta para o São Paulo, que desencadeou toda a revolta com a diretoria tricolor, aconteceu exatamente uma semana depois de o time campineiro obter o documento e encaminhar o contrato de formação do atleta que não o retornou mais e agora se encontra no CT de Cotia.

Ao todo, são cincos os requisitos para a concessão do selo: 1- apresentar a relação dos técnicos e preparadores físicos responsáveis pela orientação e monitoramento das respectivas categorias de base; 2-comprovar a participação em competições oficiais de todas as categorias; 3- apresentar programa de treinamento de todas as categorias detalhando os responsáveis; 4-promover assistência educacional que permita ao atleta frequentar o curso em horários compatíveis; 5- proporcionar assistência médica aos atletas.

"A intenção do contrato de formação é ajudar o jogador a treinar, que ele não tenha dificuldade para fazer suas atribuições, que possa pagar um lanche, as passagens para o estádio, uma cesta-básica", explica o gerente das divisões de base do Fluminense, Fernando Simone. "Daqui a pouco, com o certificado de clube formador, vai ficar mais difícil (aliciar), mas mesmo assim vamos precisar da ajuda das federações. Os pequenos infelizmente vão precisar sobreviver de parceria", prossegue.

Responsáveis pela aprovação do certificado, as federações estaduais têm sido alvo de queixas de alguns times. O Vasco é um dos que reclamam da demora na conclusão de seu pedido.

Outra vantagem destacada pelos dirigentes é a preferência na renovação com o atleta após o seu primeiro contrato, ao fim do período de três anos, na fase em que eles estão começando a atuar entre os profissionais e poderiam ficar desprotegidos.

Em entrevista à Rádio ESPN, o advogado e assessor da presidência do São Paulo, José Francisco Mansur, defendeu o clube das acusações sofridas no mercado.

"O São Paulo já gastou alguns milhões de reais em contratações de jogadores da base. Se o São Paulo verifica que o atleta tem contrato regular com um clube, ele faz negociação normal, como acontece no profissional, faz uma oferta em dinheiro e paga para trazê-lo. O São Paulo não tem por hábito tirar os jogadores dos clubes se há um contrato regularmente firmado", disse.

Uma reunião até o fim de semana pode voltar a acontecer com representantes tricolores.

791 visitas - Fonte: ESPN


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