Após briga judicial com Renato Abreu, o Flamengo está próximo de voltar aos tribunais. Desta vez, do outro lado deve estar o meia Carlos Eduardo, emprestado ao clube da Gávea até julho de 2014. De acordo com o advogado do jogador, o Rubro-Negro informou que não pretende contar com o atleta no ano que vem e pretende devolvê-lo ao seu clube, o Rubin Kazan, da Rússia, em dezembro, no fim da temporada brasileira. No entanto, o agente Jorge Machado promete fazer jogo duro.

“Toda hora recebo ligação de gente dizendo que quer devolver. Toda hora vejo dirigente do Flamengo falando mal do Carlos Eduardo, o diretor de futebol falando que foi uma contratação mal feita. O Carlos Eduardo não tem parente no Flamengo. Tem que ser profissional e cumprir o contrato. São dirigentes amadores que expõe o jogador, em vez de dar moral. Ele foi jogado contra a torcida”, acusou Machado em entrevista ao Jornal Extra.

Em situação complicada, a diretoria rubro-negra cogita um novo empréstimo, já que para devolver Carlos Eduardo antes do prazo, precisaria chegar a um acordo financeiro com o clube alemão, que ampliou vínculo do meia até 2016.

Para o Flamengo, a atitude seria um alívio nas finanças, já que o salário de Carlos Eduardo é de R$ 550 mil, além dos direitos de imagens, os quais Carlos Eduardo não tem recebido integralmente. Além no mau momento vivido pelo jogador desde que chegou à Gávea, o meia precisa lidar com as críticas vindas não só da torcida, mas dos vice-presidentes Wallim Vasconcellos e Luiz Eduardo Baptista, que chegaram a lamentar publicamente o ano do meia.

“Se não correspondeu à expectativa, tem que cumprir com o contrato assinado. Quando trouxe ele, me prometeram mundos e fundos, que seria tudo cumprido. O Flamengo tem que aprender a honrar o contrato. O Carlos não será uma mercadoria na mão de pessoas irresponsáveis. Ele está emprestado, então que perca o passe, que não pague, não cumpra o que está tratado. Para nós não tem problema, eles tem que se ver com o Kazan. Não ficar ameaçando que vai devolver. Estou de saco cheio”, desabafou o agente, que recebeu vultuosa comissão no fechamento do acordo para dar prioridade ao Flamengo na negociação.