Após comandar o primeiro treino depois da arritmia cardíaca sofrida após a derrota para o Grêmio, no último sábado, o técnico Oswaldo de Oliveira era só sorrisos no caminho entre o campo anexo do Engenhão e a sala de imprensa. Simpático, parou para falar com quase todos que o interpelavam e chegou para a entrevista coletiva com um largo sorriso no rosto.

E antes mesmo da primeira pergunta, Oswaldo agradeceu o apoio que recebeu durante a semana e garantiu presença no clássico de domingo, contra o Flamengo, às 18h30, no Maracanã.

- Quero agradecer a todos que mandaram mensagens para mim. Amigos, conhecidos... Todas as orações. Acho que o evento em si não teve tanto motivo para preocupação. Foi algo simples, uma arritmia logo revertida. Acharam melhor, por precaução, que ficasse no hospital aquela noite e que os cuidados fossem estendidos até quarta-feira. Fiz todos os exames cabíveis e está tudo bem. Vou para o jogo. Pela repercussão, recebi ligações daqui do Rio, da Bahia, e até do Japão. Todos se preocuparam.

Isso é motivo de alegria para mim. Quero agradecer novamente a todos, pelo interesse e pelo carinho que todos me dedicaram.

Questionado se um filme teria passado na cabeça durante o mal estar, Oswaldo negou e garantiu que o possível filme de terror acabou sendo uma comédia muito boa, com a vitória sobre o Náutico, por 3 a 1, na Arena Pernambuco, quarta-feira. O treinador, que viu o jogo do seu lar, gostou da experiência de assistir uma partida do Glorioso pela televisão e estuda a possibilidade de ficar na parte de cima do Maracanã durante o primeiro tempo do clássico, para ter uma outra visão do jogo contra o Flamengo:

- Foi muito legal. Foi uma situação completamente diferente. Meu filho falou: "Pai, você está aqui e não lá. Não vai mais treinar o Botafogo?" (risos). Causou estranheza, mas gostei. Me deu outro ponto de vista do time e a chance de corrigir algumas coisas que a gente precisava ver e às vezes não vê. No campo não tem essa visão mais ampla. Essa outra tomada de posição foi interessante para mim. Me inspira para, talvez, fazer o primeiro tempo lá de cima e descer para o gramado no intervalo. É algo que estou amadurecendo.