Em entrevista ao The Player's Tribune, o meia Diego, do Flamengo, lembrou bastidores do drama pessoal que viveu em meio à conquista da Conmebol Libertadores 2019 com a equipe rubro-negra.



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À época, o atleta quebrou a perna durante jogo contra o Emelec, pela competição continental, e viu sua sequência na temporada entrar em risco. Foi quando o técnico Jorge Jesus lhe abraçou e ajudou a superar o momento difícil.

"Eu tive uma situação na Libertadores de 2019, quando eu quebrei a perna. Eu não aceitei (que tinha acabado sua participação na Libertadores). Antes de fazer o exame, só pensava: 'Não é possível... Depois de tudo o que aconteceu...'. Minha história com o Flamengo até ali era de muitas emoções, e eu tinha esse sonho (de conquistar a Libertadores) muito claro. Falei: 'Não pode terminar assim'", recordou.

"Quando eu soube que (a lesão) era na fíbula, pensei: 'Opa, estou no jogo'. O Jorge Jesus encaixou a equipe em seguida", rememorou.

O processo de recuperação foi árduo e doloroso, mas Diego contou com apoio constante do Mister.

"Ele me ligava e falava: 'Precisamos de você! Como você está?'. Eu ia aos treinos, trotava em volta do campo e ele olhava e falava: 'Já estás bem! Não mancas mais, ó pá! Muito bem!' (risos). Então, são os detalhes (que tornam Jorge Jesus diferenciado), esses elogios", salientou.

Diego se recuperou e foi para o banco de reservas na reta final da temporada em clássico contra o Fluminense, pelo Brasileirão, e em seguida foi relacionado também para o emblemático duelo contra o Grêmio, pela semifinal da Libertadores, no Maracanã.

Foi quando, mais uma vez, o veterano foi abraçado pelo treinador português.

"Meus familiares estavam todos no estádio, meu filho. De repente, acontece aquilo: um, dois, três (gols)... No 3º gol, e aí é outro detalhe do Jorge (Jesus): eu nem tinha ido aquecer, porque podem aquecer só seis (jogadores) por vez (na área técnica). Quando sai o 3º gol, ele me olha e diz: 'Diego, vá aquecer'. Tipo assim, ele estava com isso na cabeça o tempo todo, pensando 'ele tem que entrar hoje'", contou.

"Aí os outros jogadores meio que pararam de aquecer e abriram espaço para mim... Foi uma coisa linda. São situações emocionantes. Meu filho até falou: 'Pai, o jogo contra o Grêmio para mim foi o mais importante que eu vi você jogar, porque achei que você nunca mais ia voltar a jogar'. Ele tinha oito anos na época. Aí a torcida me ovacionou, foi um dia muito legal. Essas coisas que ficam marcadas", festejou.

O Flamengo seria campeão dias depois ao vencer o River Plate por 2 a 1, de virada, com grande participação de Diego.



Após ser colocado por Jorge Jesus no decorrer da partida, o meia robou a bola que iniciou a jogada do 1º tento rubro-negro, e depois deu o lançamento para Gabigol que resultou na finalização da vitória feita pelo matador.






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