Foto: PATRICIA DE MELO MOREIRA / AFP

Uma eventual queda do Benfica hoje na fase de grupos da Liga dos Campeões levará todos os holofotes para Jorge Jesus e a inevitável pergunta, feita desde o dia em que se despediu do Brasil, será mais uma vez entoada: o treinador voltará para o Flamengo?



Os gritos pelo Mister nas arquibancadas do Maracanã foram ouvidos nas últimas duas temporadas, mas aumentaram de decibéis após a derrota rubro-negra para o Palmeiras na final da Libertadores.


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O elenco segue fortíssimo, a previsão de receita de R$ 1 bilhão para a orçamento da próxima temporada indicam que o clube deve reforçar setores carentes, e a torcida segue firme no apoio ao time que desde 2019 trocou o quase pelas certezas. Mas Jorge Jesus, se voltar, não é sucesso garantido.

É um treinador competente e de ótimos conceitos de jogo, como se viu, mas não é possível garantir que aquela temporada mágica, ainda recente na memória, vai se repetir num toque de mágica.

Há inúmeros fatores que podem pesar a balança para um lado ou para outro, e um eventual retorno traria a obrigação implícita de não só vencer, como dar show - duas variáveis muito difíceis de controlar mesmo tendo um grupo altamente capaz.

Já em ritmo de férias, o Flamengo não pode demorar para tomar a decisão de encontrar seu novo comandante. A escolha passa por critérios técnicos e financeiros e não pode se resumir apenas a enxergar em Jesus sua única salvação.

O que está cada vez mais claro é que o clube não vai repetir a fórmula de buscar saídas caseiras, como foi com Rogério Ceni e Renato Gaúcho. Para o tamanho atual do Flamengo, é preciso mirar lá fora e colher o melhor possível.



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