O Flamengo perdeu ontem (9) para o Atlético-GO, na última rodada do Campeonato Brasileiro, e já começa a planejar a próxima temporada. A diretoria busca, por exemplo, um treinador para a vaga deixada por Renato Gaúcho.



Na Live do Flamengo, transmitida pelo UOL Esporte após os jogos do Rubro-Negro, os colunistas André Rocha e Renato Maurício Prado comentaram a movimentação do clube no mercado e a preparação para 2022.

"É inacreditável. Me deixa muito furibundo como falta visão, realmente, de futebol para essa diretoria do Flamengo", disse Renato Maurício Prado.

André Rocha concorda com o companheiro de bancada e completa, lembrando que falhas no departamento de futebol acontecem desde gestões passadas:

"Mas esse é o maior gargalo, desde a gestão Bandeira de Mello. As decisões que são tomadas no departamento de futebol são muito equivocadas, pouco profissionais, muito baseada em opinião de conselho... A direção está procurando treinador, e está atirando. Você vê que os nomes especulados são muito distintos em termos de gestão de grupo, maneira de ver futebol. De novo, Marcos Braz e Bruno Spindel vão para a Europa e fica aquela coisa de ter de voltar com um treinador. Vai lá, conversa com alguns, e o que aceita a sua realidade você traz qualquer um, porque não pode voltar de mãos vazias. Já tinha de ir com alvo definido, perfil traçado, ir na boa. E não aquilo que fizeram, mochilão e Domènec Torrent é auxiliar do Guardiola, aceita vir (...)", apontou.

RMP, então, fez críticas ao chamado "conselhinho" do futebol, que é formado por Luiz Eduardo Baptista, o Bap, vice de relações externas do Rubro-Negro, Marcos Braz, vice de futebol, e Dekko Roisman, Diogo Lemos e Fábio Palmer — estes últimos três são integrantes de grupos políticos que apoiaram a chapa vencedora.

"Acho que o mais grave de tudo... O Márcio Braga falou isso no dia da eleição. Ele falou uma coisa que concordo muito, e olha que tenho várias discordâncias com o Márcio atualmente: tem de profissionalizar o departamento de futebol inteiro. Não pode ter essa história de 'conselhinho'. Esse 'conselhinho' é como se fosse uma mesa de bar. Não faz sentido um clube de R$ 1 bilhão, futebol ser gerido por um 'conselhinho' de curiosos, porque é o que eles são. São torcedores, curiosos. Não tem nenhum ali com histórico profissional no futebol", ressaltou.



"É muito sério. Mesmo contratando um técnico estrangeiro, nem sempre vai ter um treinador com a característica do Jesus de tomar conta, como um Telê dos tempos modernos. Tem treinador estrangeiro bom que vai chegar e vai querer cuidar do campo e bola, não vai querer se meter no departamento médico, na supervisão. Aí, o amadorismo toma conta e estraga tudo. Por isso que, além do bom treinador, é fundamental um executivo de futebol competente, do ramo. Um estrangeiro ou um brasileiro com passagem lá fora. O Flamengo tem de pensar em um cara desse. Acho que deveria trazer um cara de fora. Qual o grande executivo de futebol que está disponível?", completou.

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