Com o intuito de evitar novas penhoras de verbas da Adidas, o Flamengo pagou na última semana um total de R$ 8 milhões em impostos atrasados do Refis e da Timemania. Na primeira parcela (R$ 6,5 milhões) das luvas pagas pela empresa alemã, quase R$ 4 milhões foram bloqueados judicialmente por dívidas com o Estado. O objetivo foi impedir que o episódio se repetisse na próxima parcela.

A luta do Flamengo contra as penhoras começou no final do ano passado, ainda na gestão de Patrícia Amorim. O clube teve cerca de R$ 20 milhões bloqueados por dívidas com a Receita Federal e a União. Até então, o Rubro-negro não sofria com os atrasos de salários. Para arcar com o rombo causado pela penhora, a presidente solicitou o adiantamento de R$ 27 milhões em cotas de TV, das quais apenas R$ 7 milhões chegaram aos cofres da Gávea, graças a novo bloqueio judicial.

Os R$ 8 milhões pagos na última semana são referentes a um reparcelamento de dívidas anteriores com Refis e Timemania, não pagos na gestão de Patrícia Amorim. A atual diretoria prometeu também apurar um possível atraso no pagamento de três anos do Imposto de Renda de seus funcionários, fato que teria contribuído para a dívida com a Receita e posterior penhora no último ano.

"O pagamento dos R$ 8 milhões evita novas penhoras e demonstra que não estamos aqui brincando de administrar o clube. O Flamengo voltará a ser respeitado", prometeu o vice-presidente de Finanças do Flamengo, Rodrigo Tostes. "Vamos precisar de algum tempo, mas o Flamengo vai colocar as contas em dia. Começamos pelo nosso maior credor que é o Fisco", completou.