Verdão do rechonchudo Walter sapeca dois torpedos na nau vascaína, em Macaé, e Leão devora Botafogo, no Barradão.

Goianos e baianos sobem na tabela e ficam a seis pontos do sonhado grupo da Libertadores. Ainda faltam nove rodadas - 27 pontos em disputa. Mas o que se vê na mídia, principalmente na do Sudeste, passa ao largo do sucesso de Goiás e Vitória.

Pouco ou quase nada se fala sobre as equipes que, ao lado do Furacão, deixaram para trás 'bichos-papões' das chuteiras furadas e fazem história com elencos bem mais modestos, responsáveis por folhas de pagamento mais condizentes com a realidade do da bola tupiniquim.

Os meios de comunicação da chamada ‘grande imprensa' preferem abordar em abundância a gangorra envolvendo o soberano São Paulo e o Corinthians.

Ou a rota da nau vascaína para tentar escapar de mais um rebaixamento. Ou os caminhos do Botafogo para livrar-se da pecha de 'cavalo paraguaio', edição 2013.

O bom trabalho de Enderson Moreira (Goiás), Ney Franco (Vitória) e Vagner Mancini (Furacão) só é lembrado quando uma das equipes encara um dos grandes paulistas ou cariocas. Uma ou duas linhas, e fecha o parágrafo para o coadjuvante. Os ‘gigantes' de pés de barro têm a preferência.

Certamente devem ser raros os torcedores dos ‘principais times do país' que sabem a trajetória de Enderson Moreira à frente do Verdão do cerrado.

Ele é o terceiro em longevidade no comando de uma equipe do Brasileirão, atrás apenas dos ‘professores' Tite e Cuca. Assumiu em 28 de setembro de 2011.

Ney Franco substituiu Caio Jr. em 2 de setembro. Pegou o time baiano na 10ª posição, com 22 pontos. Hoje, o Vitória ocupa o quinto lugar, com 32 pontos.

Já Mancini tirou o Furacão do brejo. O time era vice-lanterna, com seis pontos em seis jornadas, quando foi contratado, em 2 de setembro. Atualmente, está em terceiro lugar, com 51.

Senhores passageiros, o ludopédio nacional vai muito além da ponte aérea Rio-São Paulo. Que o diga a tabela do Brasileirão!