Melhor em campo na vitória do Flamengo por 2 a 1 sobre o Audax na quinta-feira, Gabigol deu entrevista à FLA TV nesta sexta. Nela, rasgou elogios a Paulo Sousa, criticado por parte da torcida devido aos testes que vem realizando durante o Campeonato Carioca.



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- Estou muito feliz, fazia tempo que eu não aprendia tanta coisa assim em tão pouco tempo. Creio eu que ele tem mais coisas para ensinar e mais coisas para passar de novo. É ter um pouquinho de paciência não só com ele, mas também com a gente por causa dessas mudanças que vêm acontecendo. Mas tenho certeza absoluta que vai ser um ano especial para o Flamengo. Estamos muito felizes com ele e espero que ele fique muito tempo no Flamengo porque realmente tem sido um início maravilhoso.

Gabi reforçou a necessidade de se ter paciência com Paulo, principalmente pelo fato de elenco e treinador ainda estarem em processo de conhecimento mútuo. E, ao definir o português, repetiu que ele é "muito, muito bom mesmo".

- Eu acho que tem que ter um pouco de paciência sim, a gente tem que entender que é um momento de reformulação, momento que chegou um treinador muito, muito bom mesmo. E a gente vai criando laços, não também pessoais, e também dentro de campo. Então tem que ter um pouquinho de calma, nós jogadores estamos muitos felizes, a gente vem crescendo a cada jogo, vem aprendendo a cada jogo. Então, creio eu, que a torcida tem que ter um pouquinho de paciência, e entender que eles são muito importantes para a gente. Quando a gente chega no estádio, e vê o estádio lotado, cantando, gritando o nosso nome, gritando para nos apoiar, pode ter certeza que é o maior apoio do mundo.

Gabi disse entender a cobrança dos torcedores, mas pediu apoio para fazer o "melhor time do Brasil" voltar a conquistar grandes vitórias.

- E é óbvio: eles também têm o direito de reclamar, de ficar bravos mas, creio eu, que se a gente conseguir fazer essa sintonia de time e torcida, que domingo o estádio esteja lotado para apoiar a gente, para apoiar o Mister, para ajudar a gente. Sempre tenho essa mania de falar "todo mundo junto", porque eu acho que todo mundo jogo, o Flamengo é realmente imbatível. E quando tem um pra lá e outro pra cá, fica mais complicado.

- Mas imagina você, 42 milhões, e não é ruim assumir isso. O nosso time é o melhor time do Brasil, com a melhor torcida do Brasil, jogando com essa camisa que é muito grande. Mas também tem que entender que tem um outro time. Eles também trabalham, também lutam, e é muito complicado. Mas eu acho que o Flamengo assim, do jeito que tá, com um novo treinador, que é muito bom, com a torcida apoiando, a gente tem tudo para fazer um grande ano.

Ainda otimista, o camisa 9, que chegou a 106 gols em 150 jogos pelo clube, falou de como foi jogar ao lado de Pedro.

- Até mesmo para mim. Ontem joguei com o Pedro, joguei um pouquinho mais atrás. É uma coisa não nova, mas é diferente. O Isla fez um terceiro zagueiro, e são coisas que você precisa de algum tempo para acostumar. Creio eu que estão todos muito felizes e que vai ser um ano maravilhoso para nós.

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Protesto contra o racismo no gol
- A gente não conseguiu achar quem foi, mas é uma cena muito triste. Meus pais e meus amigos estavam lá. É algo que não é viável e que não tem tamanho para quem passa isso. Fiz isso e faço porque posso representar muitas pessoas que sofrem, e a gente não vê. Ter um exemplo e uma voz ativa é importante. Espero que as devidas medidas sejam tomadas.

- Vi que o Flamengo está se posicionando, o Fluminense tem ajudado, muito legal receber a mensagem do Vasco. Não é só futebol, é algo que todos devemos entender que não existe. E fiquei muito feliz pelo gol de ontem e por comemorar dessa forma.

Pedido de melhoras no gramado
- A gente espera pegar um campinho melhor para jogar porque está difícil (risos). Arruma o campo pra gente, pelo amor de Deus!

Braçadeira de capitão
- Por incrível que pareça, eu acho que era o mais velho em campo ontem, com 150 jogos e no meu terceiro ano. As coisas vêm acontecendo naturalmente, sei que esse momento de ser o primeiro capitão da equipe vai chegar. É uma honra de poder representar não só os jogadores, mas a torcida em geral. Espero que aconteça mais vezes.

Supercopa contra o Atlético
- Acho que a gente vem pensando jogo a jogo. Eu acho que assim é melhor, tendo um objetivo claro que é o jogo de domingo, podendo melhorar, poder aumentar a média de gols, não tomar gol, colocar coisas novas que a gente vem treinando para esse jogo e depois pensar na final, mas é óbvio que é uma final muito grande, contra uma grande equipe. Vai ser numa cidade que tem muitos flamenguistas, e isso é muito importante para a gente o apoio deles. Então é pensar jogo a jogo que é melhor.

Posicionamento
- Ontem vi um estilo de jogo mais recuado, junto com o Arrasca, e o Arrasca tem essa inteligência de poder também vir para o lado direito, e eu pelo lado esquerdo, tanto que o gol sai pelo lado esquerdo. Então poder aproveitar os espaços entre a linha dos defensores, poder criar chances não só para mim, mas também para os meus companheiros.



- Então, como eu falei, eu tenho gostado muito de mudar de posição, de poder ajudar o time de outra forma, não só com gols, mas também com passes, recomposição. Tem sido muito bacana. Tenho batido uns número de quilometragem, de distância, de alta intensidade que fazia muito tempo que eu não batia. Então por isso que eu falo que toda a comissão do Paulo tem feito um grande trabalho fisicamente. A gente tem crescido muito, então acho que é continuar assim. A gente está no terceiro jogo do ano só, e para poder chegar nessa final que tá pertinho.

- Nos últimos dois jogos eu corri quase 10 quilômetros, então é algo que realmente não é muito normal para a minha característica. E também a alta intensidade tem sido muito grande. Eu tenho ficado muito feliz com isso. Tenho me sentido bem fisicamente, tecnicamente e aos poucos você vai ganhando ritmo. E a gente espera um campinho melhor para jogar, porque tá difícil.






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