O presidente do Conselho Deliberativo do Flamengo, Antônio Alcides, rejeitou colocar em votação uma proposta da oposição de só ter profissionais no futebol do clube. A alegação dele no documento é de que, pelo estatuto, apenas a diretoria rubro-negra poderia propor medidas para alterar o formato gerencial da agremiação e do futebol.
Com assinaturas de mais de 60 conselheiros, a oposição apresentou, por meio do conselheiro Rafael Strauch, uma proposta em abril para mudar a estrutura de poder do Flamengo. Pela ideia, acabariam todos os vice-presidentes temáticos, por áreas, como é o caso do responsável pelo futebol. Haveria um diretor de futebol. Em outras áreas, finanças, marketing e administração ocorreria o mesmo.
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Nesta sexta-feira, Alcides informou que indeferia a proposta. Sua alegação é de que o artigo 125 do estatuto, em seu inciso 16o, prevê que apenas o Conselho Diretor poderia propor a extinção de departamentos e ao Conselho de Administração, alterações de estruturas existentes.
Ou seja, por essa lógica, só quem está no poder no Flamengo poderia fazer propostas para mudanças na estrutura do clube para serem votadas no Conselho Deliberativo, que é uma espécie de Congresso do clube. É como se só o presidente da República (como executivo) pudesse propor ao Congresso alterações na estrutura do governo brasileiro, sendo os deputados vetados.
Portanto, Alcides informou que a medida tem vício de iniciativa e competência, o que a torna nula.
Strauch, autor da proposta, tentará reunir assinaturas para propor a alteração do artigo do estatuto. Em seguida, irá propor novamente a sua ideia de tirar amadores do futebol. Procurado, Alcides não respondeu ao blog.
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