No último domingo (29), o Maracanã foi o placo de mais um Fla-Flu marcante. O Flamengo levou a melhor e venceu o clássico por 2 a 1, de virada. Dois personagens contestados pelos rubro-negros deram a volta por cima: Andreas Pereira, autor do gol que definiu o resultado, e o goleiro Hugo Souza, que fez uma série de defesas difíceis e teve seu nome gritado nas arquibancadas.
No programa Cartão Vermelho #13, transmitido ao vivo pelo UOL Esporte nesta terça-feira (31), os jornalistas Juca Kfouri e José Trajano comentaram sobre a redenção de Hugo Souza, vaiado pelos torcedores nos últimos jogos após cometer algumas falhas
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"O Fluminense jogou muito melhor do que o Flamengo e mereceu ganhar, mas o Hugo fechou o gol e impediu a vitória do time do Fernando Diniz. Deu oxigênio para o Paulo Sousa", opinou Juca, ao frisar que o goleiro ajudou a aliviar a pressão sobre o treinador.
Trajano ressaltou que a escolha de Paulo Sousa por Hugo no Fla-Flu foi arriscada, mas deu certo. "Essa história é muito interessante. Tinha tudo contra ele: a torcida, que o estava vaiando, grande parte da imprensa, e uma desconfiança geral. Ele vinha falhando, mas sempre teve um potencial muito grande. Foi uma aposta do Paulo Sousa. O titular do Flamengo não será ele e nem o Diego, mas o Santos", comentou o colunista do UOL.
Para Trajano, a vitória no clássico aliviou a pressão sobre o técnico do Flamengo, mas ele deve muito desse respiro ao goleiro. "O Hugo salvou o Paulo Sousa. O Flamengo não jogou uma vez bem sob a direção dele. Está sempre devendo. O Fla-Flu é um jogo em que o Flamengo costuma se dar mal. E não é que o rapaz, que estava sendo vaiado e contestado, fez defesas inacreditáveis? Livrou a cara do Paulo Sousa e o Flamengo ganhou", disse.
A grande atuação de Hugo no Fla-Flu também serviu como resposta a quem usa argumentos discriminatórios a jogadores negros, como ressaltou Trajano. "É uma história bonita e desmistifica um pouco aquela coisa antiga de que goleiro negro não pode ser titular de time algum. Isso vinha desde o Barbosa, acusado injustamente de ter falhado na Copa do Mundo de 1950. Isso foi carregado durante muito tempo, com aquela máxima terrivelmente racista de que goleiro negro falhava na hora agá", completou.
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