O que o novo Flamengo de Dorival traz de soluções e possíveis problemas

10/7/2022 09:14

O que o novo Flamengo de Dorival traz de soluções e possíveis problemas

O que o novo Flamengo de Dorival traz de soluções e possíveis problemas
Há um mês em sua terceira passagem como treinador do Flamengo, Dorival Junior completará o nono jogo do período na tarde deste domingo, diante do Corinthians, na Neo Química Arena. Ainda não se sabe oficialmente a escalação, mas há a expectativa de que a nova formatação tática, utilizada em duas partidas recentes, possa ganhar sequência.



Adepto do 4-3-3 em grande parte da carreira, Dorival escalou o rubro-negro num 4-3-1-2 na histórica goleada em cima da Tolima, na última quarta-feira, e na vitória por 3x0 contra o América Mineiro, há 15 dias. Pretende uma reunião de talentos em funções e posições no campo em que podem render bem. Algo que deveria estar na cartilha de qualquer treinador.

As chegadas de Vidal e Everton ''Cebolinha'' trazem novas peças para a briga de posições que promete tomar conta do time até o mês que vem. Mas, até aqui, o técnico do Flamengo parece ter encontrado uma ótima solução para dar aos atletas mais qualificados de seu elenco aquilo que eles gostam: liberdade de movimentação.
Pedro e Gabi juntos

Com a lesão de Bruno Henrique, Pedro acabou ganhando espaço no ataque, e de quebra trouxe algo que resolve dois problemas recentes do time.

O primeiro é possibilitar a Gabigol a condição de circular entre o lado direito do ataque e o centro. É nesta faixa do campo que o camisa 9 faz suas melhores jogadas.

O segundo é ter alguém dando profundidade enquanto Gabriel faz esse movimento. Se completam. Como nas grandes dupla e ataque do futebol mundial. Um jogador de referência e o outro de mobilidade. É claro que podem fazer outros tipos de movimentação, e essa ''anarquia'' é um traço visto nos últimos jogos.

01 - Rodrigo Coutinho - Rodrigo Coutinho
O time-base do Flamengo neste momento e escalado no 4-3-1-2
Imagem: Rodrigo Coutinho
O ''14'' que é o ''10''

Arrascaeta é mais um exemplo. Vem jogando como o meia por trás da dupla. O famoso ''número 1'' que Zagallo tanto falava na Seleção na Copa de 1998. O ''enganche'' do futebol argentino. O ''ponta-de-lança'' dos lendários times de Vanderlei Luxemburgo dos anos 1990 e 2000.

O uruguaio parte dali para o setor em que a bola está. Exatamente da forma que se sente confortável e da maneira que geralmente decide os jogos.

Sem a bola, não tem precisado retornar pelos flancos para vigiar a subida de um dos laterais adversários, algo que acontecia até mesmo com Jorge Jesus no comando. Atualmente auxilia Pedro e Gabigol na pressão à saída rival. Marca e fecha as linhas de passe para os volantes.

02 - Rodrigo Coutinho - Rodrigo Coutinho
O losango no meio por trás da dupla de ataque
Imagem: Rodrigo Coutinho
O renascimento de Ribeiro

Everton Ribeiro teve sua posição mexida. Passou a ser o terceiro elemento pela direita do tripé inicial de meio-campo. Dorival reduziu seu espaço de circulação.

Na função que o consagrou, o camisa 7 variava entre a ponta-direita e as costas do meio-campo rival. Agora tem recebido a bola numa região mais recuada do gramado, de frente, e não se desgasta tanto. Cresceu de produção de uma forma não vista recentemente.

No momento defensivo, marca mais por dentro quando a bola está do lado esquerdo da defesa, e pressiona o lateral rival quando a pelota vem para o seu lado. Pode também cobrir as costas de Rodinei quando este sai para dar combate longe da linha defensiva.

03 - Rodrigo Coutinho - Rodrigo Coutinho
No detalhe o movimento necessário do trio mais recuado de meio-campo na direção da bola, sobretudo João Gomes e Everton Ribeiro, que ficam nas laterais deste losango. Quando a bola chega ao lateral adversário longe da área do Flamengo, é Everton ou João que precisa fazer a abordagem, diminuir o espaço, e os demais jogadores do trio fecham os espaços às suas costas. Pedro, Arrascaeta e Gabigol fecham as linhas de passe por dentro
Imagem: Rodrigo Coutinho
Laterais ''atacantes'' time ''capenga''

O destaque de Rodinei é algo importante para citar neste esquema. Ele prevê muita liberdade aos laterais. É necessário que deem amplitude ao time, como o lateral-direito vem fazendo bem nas últimas partidas. Matheuzinho é outro jogador com essa característica, mas vive fase técnica inferior ao atual titular.

O lado esquerdo, se tiver Ayrton Lucas, estará bem servido dentro das exigências citadas, mas Filipe Luís possui outras características. Além de não estar conseguindo boas atuações em sequência, há algum tempo não é um lateral de ocupar o corredor externo do campo com volume.

Até por isso o rubro-negro tem atacado muito mais pelo lado direito. Quando encarar defesas mais solidas, será necessário variar o raio de ação das jogadas e produzir pelos dois flancos. João Gomes, que dá suporte ao setor esquerdo pode fazer boas infiltrações por ali, mas sempre a partir do meio, atacando o espaço. Falta alguém para dar esse apoio aberto pela esquerda quando Filipe está em campo.

Ajustes defensivos e contragolpes fulminantes

Um dos motivos para esse esquema ser pouco utilizado no futebol de hoje é a dificuldade de proteção dos espaços. Em diversos momentos, contra América e Tolima, o Flamengo marcou com sete jogadores, algo que requer muita capacidade defensiva dos envolvidos e coordenação entre os atletas. O rubro-negro não tem nem uma coisa nem outra no momento.

Um desses sete é Everton Ribeiro, que protege o mesmo setor de Rodinei, lateral com deficiências defensivas. Arrascaeta, Pedro ou Gabigol podem e devem ajudar quando o bloco de marcação ficar mais recuado, mas não é a característica deles.

Por isso Dorival citou, na entrevista coletiva da última quarta-feira, a importância da participação deles na retomada de bola no campo ofensivo. Reagir rápido ao perder a posse é fundamental para que esse esquema dê certo e sacrifique menos o sistema defensivo. O pior dos cenários é ser empurrado para trás.

Em contrapartida, há ao menos duas opções bem-posicionadas para servirem de alvo nos contragolpes. O jogo contra o Tolima é um bom exemplo. A maioria dos gols nasceu em rápidas transições protagonizadas por Gabigol, Arrascaeta e Pedro, justamente os atletas mais ''livres'' em fase defensiva.



Muito papo e concentração para ter sucesso

O Flamengo só terá uma semana cheia de treinamentos em meados de agosto. Até lá são partidas a cada três ou quatro dias, com viagens e a necessidade de recuperação a cada 90 minutos. Decisões de Copa do Brasil e Libertadores em meio a tudo isso. Duelos importantes pelo Brasileirão também. Estresse físico e mental em alta.

Dorival vai precisar ajustar os problemas nas poucas sessões de treino intenso que poderá fazer. Tirando isso, terá que usar as conversas e os vídeos como ferramentas para que o rubro-negro seja forte com mais regularidade.

578 visitas - Fonte: Uol


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