Victor Hugo, do Flamengo, disputa lance com Gabriel Baralhas, do Atlético-GO pelo Brasileirão
Imagem: Thiago Ribeiro/AGIF
Um tem 35 anos e muita rodagem internacional, o outro apenas 18 e vivendo suas primeiras experiências no futebol profissional. Mas a sintonia fina entre o veterano e o garoto promissor foi o que facilitou e proporcionou momentos de espetáculo nos 4 a 1 do Flamengo sobre o Atlético-GO no Maracanã cheio outra vez.
Marinho completou a trinca de protagonistas no ataque, partindo da direita para dentro com a vontade costumejra, marcando gol e sofrendo o pênalti que Vidal converteu e se inebriou na comemoração com a torcida que tanto o encantou e certamente foi um dos elementos para uma das maiores "cavadas" de um jogador para atuar por um clube nos últimos tempos.
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Mas Victor Hugo ressurgiu para mostrar com golaço de categoria quem foi o melhor em campo nos 45 minutos avassaladores que definiram a vitória que confirmou os 100% de aproveitamento nos quatro jogos mais acessíveis na virada para o returno. Sequência que pode deixar o Flamengo no G-4, algo que parecia impossível na transição do desastre Paulo Sousa para o "bombeiro" Dorival.
Sinaliza o futuro próximo também, nas semanas decisivas de Libertadores contra o Corinthians e na volta da Copa do Brasil diante do Athletico. Com Varella e Pulgar, os novos contratados para a lateral direita e meio-campo, o time "alternativo" do Brasileiro pode ser ainda mais competitivo, mesmo encarando São Paulo e Palmeiras fora de casa e um Athletico provavelmente também com reservas, a três dias de decidir a vida no mata-mata nacional.
Nitidamente melhor preparado fisicamente e com a proposta de jogo assimilada, mesmo com variações táticas, o Flamengo vai resgatando a qualidade que parecia embotada ou até esquecida. E os reservas apontam o caminho para os titulares: objetividade e precisão para transformar o domínio em gols e poder administrar a vitória e o fôlego no segundo tempo.
Apesar dos incríveis gols perdidos por Lazaro, um em cada tempo, e de um Everton Cebolinha ainda se adaptando aos companheiros e à função de abrir o campo pela esquerda..
Mas com Vidal ditando o ritmo e Victor Hugo voando e decidindo. Ambos podendo contribuir também, se necessário, nas copas. Na recuperação de um Flamengo que parecia com a temporada perdida e agora vê luz na frente, já piscando no retrovisor dos concorrentes. Talvez não seja possível ultrapassá-los, mas fazer uma corrida digna, que faça o torcedor sair em êxtase do Maracanã.
Como na noite de sábado em que o algoz do Corinthians na terça foi para casa nocauteado.
Vidal comandou saída de bola qualificada e intensa pressão pós-perda, empurrando Victor Hugo para circular por todos os setores do ataque e ser o meia que cria e finaliza. Os dez reservas de Dorival Júnior atropelaram um adversário que entrou com titulares por necessidade de recuperação no Brasileiro e se desmontou depois da arrancada de Victor Hugo pela direita que terminou na assistência para Lázaro, o atacante móvel do 4-3-3 rubro-negro que abriu o placar.
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