A um passo: discretos, Jayme e Enderson tentam primeira grande final

6/11/2013 14:14

A um passo: discretos, Jayme e Enderson tentam primeira grande final

Técnicos ganham projeção com boa campanha na Copa do Brasil e têm a chance de fazer história nos clubes. Times se enfrentam nesta quarta, às 21h50m, no Maracanã

A um passo: discretos, Jayme e Enderson tentam primeira grande final
Um carioca, um mineiro. Discretos, têm estilos de trabalho parecidos. Sequer chegam perto de polêmicas e preferem nem ser notados. Mas é inevitável. Os holofotes estão sobre eles e vão iluminá-los ainda mais nesta quarta-feira. No Maracanã, às 21h50m (de Brasília), Jayme de Almeida e Enderson Moreira comandam Flamengo e Goiás, respectivamente, pela semifinal da Copa do Brasil. Estão a um passo do momento mais importante da carreira. Tentam entrar na galeria de treinadores que disputaram à decisão da segunda competição mais importante do futebol brasileiro. Tentam, sobretudo, a consolidação num mercado em que as oportunidades são raras e a tolerância muito curta.

Jayme de Almeida, aos 60 anos, redescobre-se como treinador. Ex-zagueiro, passou mais da metade da vida no Flamengo. Jogou no clube na década de 70, fez 198 jogos, marcou três gols e foi campeão carioca em 74. No Rubro-Negro, jogou com Zico, o maior ídolo do clube, e outros grandes nomes. Também defendeu São Paulo, Guarani e foi convocado para a Seleção. Jayme têm conquistas como treinador, mas são pouco expressivas. Em 1992, levou a Desportiva Ferroviária, do Espírito Santo, para a Primeira Divisão do Campeonato Brasileiro. Na mesma temporada, foi campeão capixaba. Ele também treinou o Iraty, do Paraná, em 2009, mas a maior parte da carreira foi auxiliar técnico.

- Tive experiências maravilhosas como técnico, mas tenho certeza que se tivesse feito num centro mais qualificado teria uma carreira que seria vista mais rápido. Fiz trabalhos maravilhosos, mas em cidades menores, ou então em Terceira Divisão, ou trabalhando com coreano, japonês. Isso não deu visibilidade para a minha carreira, mas eu sempre acreditei no trabalho – disse, em entrevista exclusiva ao GLOBOESPORTE.COM.

No fim de 2010, Jayme recebeu o convite de Vanderlei Luxemburgo para integrar a comissão técnica permanente do Flamengo como auxiliar. O amigo de longa data acabou demitido no início de 2012, mas Jayme ficou. Depois de Luxa, auxiliou Joel Santana, Dorival Júnior, Jorginho e Mano Menezes. Até que Mano surpreendeu, pediu para sair diante dos resultados ruins, e a diretoria apostou em Jayme para conduzir o time no Brasileiro e na Copa do Brasil. Deu certo. No nacional, risco de rebaixamento praticamente eliminado. Na Copa do Brasil, disputa de uma semifinal. Com o mesmo grupo de Mano, fez o Flamengo render.
Jayme comandou o Rubro-Negro de forma interina em 2012 e este ano. Efetivado, soma 16 jogos à frente do Flamengo. São oito vitórias, seis empates e duas derrotas. Desde que assumiu o cargo,foram 13 partidas: sete vitórias, quatro empates e duas derrotas.
- A primeira coisa que foi legal, uma vitória nossa, e digo do grupo, foi o comprometimento de todo mundo. A partir do momento que você sentiu que o time se comprometeu, todo mundo se ajudando, até a própria torcida do Flamengo percebeu que era um outro grupo com os mesmos jogadores, mas com o sentimento diferente. Isso foi uma coisa que a gente conquistou e que guardo para mim sempre, independentemente do que acontecer daqui para frente. Eu acho que temos uma possibilidade enorme de chegarmos a uma final, com todo respeito ao Goiás. E se nós passarmos para a final vai ser fantástico. A dificuldade que nós passamos, tudo que aconteceu no clube, toda aquela incerteza, a gente conseguiu reverter.

Enderson tenta superar marcas no Goiás
Enderson é mais jovem, tem 42 anos, mas o currículo é mais encorpado que o do sessentão Jayme. Formado em Educação Física, assim como o treinador rubro-negro, começou no futebol como preparador físico do América-MG. A semente de técnico também foi plantada no Coelho. Começou treinando a base, depois passou pelo Atlético-MG e dirigiu a equipe do Cruzeiro campeã da Copa São Paulo de Futebol Júnior de 2007. Também foi para trabalhar na base que chegou ao Ipatinga, em 2008. Acabou treinando o time profissional nas últimas rodadas do Brasileirão daquela temporada, quando foi rebaixado para a Série B.

Voltou a trabalhar com categorias de base no América-MG, Atlético-PR e Internacional. No Colorado, comandou o Inter B que disputou algumas partidas do Gauchão 2011. Foi lá que Enderson começou a aparecer, mas a chance de treinar um grande clube, ainda que inteirinamente, surgiu mesmo no Fluminense. Em março de 2011, foi contratado para ser auxiliar da comissão permanente do clube. Três dias mais tarde, no entanto, começou a dirigir o grupo principal. Foram 13 partidas até a chegada de Abel Braga.

A transferência para o Goiás ocorreu naquele ano, em setembro. Em duas temporadas completas no Esmeraldino, conquistou o bicampeonato goiano, em 2012 e 2013, e a Série B de 2012. Em 144 partidas, foram 83 vitórias, 34 empates e 27 derrotas. O aproveitamento é de 65,51%.

Além de levar o Goiás à semifinal da Copa do Brasil, Enderson vai bem com o time no Brasileirão. Está em quinto, com 52 pontos, e está forte na briga por uma vaga na Libertadores. O treinador alcançou e tenta superar marcas no clube. Com seis vitórias seguidas no Brasileiro, igualando as séries de 2003 e 2006. Se vencer o Flamengo no sábado, pelo nacional, o Goiás terá sete vitórias seguidas pela primeira vez em sua história na Série A. Além disso, se passar pelo Rubro-Negro nesta quarta, o Goiás chegará à final da Copa do Brasil pela segunda vez (a primeira foi em 1990, contra o próprio Flamengo).
- Passamos por várias provas ao longo da temporada, não só o jogo contra o Vasco, nas quartas de final. Nós perdemos o jogo, tínhamos uma vantagem, mas jogamos para vencer. Este é o estilo do Goiás e acho que por isso nós estamos nessa condição de brigar em duas competições. Não acredito que a vantagem do Flamengo seja tão grande, nós podemos chegar ao Rio e conquistar a vitória. Temos demonstrado força e capacidade de lutar em igualdade com os adversários pelos nossos objetivos nos dois campeonatos. Isso já me deixa satisfeito. Os jogadores estão provando seu valor, mostrando qualidade técnica e força de vontade, se superando jogo a jogo para conseguir bons resultados. Nossa última vitória, sobre o Botafogo, deixou isso evidenciado e seguiremos assim, mantendo essa mentalidade até o fim – disse.
Enderson reconhece que o que ele e os jogadores têm vivido vai além das metas iniciais. Mas já que chegaram não custa aproveitar.

- Eu sempre disse que nosso principal objetivo era manter o Goiás na Primeira Divisão, pois viemos de uma Série B. Mas, a partir do momento em que conseguíssemos uma boa pontuação, nós também brigaríamos por algo maior, como uma vaga na Libertadores, por exemplo. Vamos lutar até o fim no Brasileiro e na Copa do Brasil. É muito bom estar nessa condição, mas a gente só pensa no próximo jogo, ainda não pensamos nem em título e nem no jogo de sábado. Estamos focados neste jogo contra o Flamengo.
Por mais que prezem pela discrição, uma hora ou outra Jayme e Enderson terão de aparecer. E ela chegou.

680 visitas - Fonte: Globo Esporte


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